Afecto patronal y autoridad en tres fábricas colombianas, 1880-1960

Employer Affection and Authority in Three Colombian Factories, 1880 -1960

Con base en fuentes primarias y secundarias sobre tres importantes fábricas colombianas durante sus primeras décadas de desarrollo, el presente trabajo analiza las relaciones laborales e interacciones sociales entre patronos y trabajadores, en las que predominó un estilo paternalista de autoridad. Asimismo, explora un conjunto específico de nexos personalizados creados en torno a planes de bienestar y asistencia social, que cultivaron elementos emocionales y afectivos, afines a propósitos pragmáticos de control social e integración de los trabajadores a los nuevos roles productivos y exigencias de la naciente industrialización. Ante la debilidad y poca difusión de la normativa laboral y los mecanismos de negociación entre el capital y el trabajo, resultaron muy decisivos los acuerdos implícitos y reciprocidades de estas relaciones paternalistas en la construcción de culturas de trabajo y perdurables mecanismos de sometimiento distintivos de cada firma.

Based on primary and secondary sources, this article analyzes labor relationships and social interactions between employers and workers of three key Colombian factories during their founding years. It argues that labor relationships were marked by a paternalistic style of authority and explores a specific set of personalized bonds that arose from welfare and social assistance programs established by the employers. These programs nurtured emotional and affective bonds that favored pragmatic aims: social control and integration of workers to the new productive roles and requirements of burgeoning industrialization. Given the weakness and scarce dissemination of labor legislation and negotiation mechanisms between capital and labor during this period, the implicit agreements and reciprocities of these paternalistic relations were decisive in the construction of particular work cultures and enduring subjection mechanisms of each company.

Com base em fontes primárias e secundárias sobre três importantes fábricas colombianas durante suas primeiras décadas de desenvolvimento, este trabalho analisa as relações de trabalho e as interações sociais entre patrões e trabalhadores, nas quais predominou um estilo paternalista de autoridade. Além disso, explora um conjunto específico de nexos personalizados criados em torno de planos de bem-estar e assistência social, que cultivaram elementos emocionais e afetivos afins a propósitos pragmáticos de controle social e integração dos trabalhadores aos novos papéis produtivos e às exigências da nascente industrialização. Ante a debilidade e a pouca difusão da normatividade trabalhista e os mecanismos de negociação entre o capital e o trabalho, foram muito decisivos os acordos implícitos e as reciprocidades dessas relações paternalistas na construção de culturas de trabalho e de perduráveis mecanismos de submissão diferentes de cada firma.