Published

2021-02-04

Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen.

Organicism and institutionalism: The human decisions in a proposal of the relationship between the theories of Keynes and Veblen

Organicismo e institucionalismo: las decisiones humanas en una propuesta de conexión entre las teorías de Keynes y Veblen

DOI:

https://doi.org/10.15446/cuadecon.v40n82.82087

Keywords:

Decisões Humanas, Keynes, Pós-Keynesianos, Veblen, Institucionalismo (pt)
Human Decisions, Keynes, Post-Keynesians, Veblen, Institutionalism (en)
Decisiones humanas, Keynes, poskeynesianos, Veblen, institucionalismo (es)

Authors

  • Herton Castiglioni Lopes Universidad Federal de la Frontera Sur
  • Octávio Augusto Camargo Conceição Universidade Federal do Rio Grande do Sul

A proposta deste texto consiste em retomar a discussão sobre a metodologia organicista em Keynes e em autores pós-keynesianos, procurando estabelecer um link teórico com a relação entre instituições e indivíduos proposta no institucionalismo derivado de Veblen. Assumindo a possibilidade de convergência, o texto demonstra a contribuição das abordagens para o entendimento das decisões humanas, particularmente as associadas ao investimento produtivo. Da proposta de interpretar as ações humanas a partir de uma metodologia organicista e reconhecendo sua dependência institucional, evidencia-se uma agenda de pesquisa que permite melhor entendimento do comportamento econômico dos indivíduos e firmas.

The proposal of this text consists in resuming the discussion regarding the organicist methodology in Keynes and in post-Keynesian authors, proposing a theoretical link with the relation between institutions and individuals in the institutionalism derived from Veblen. Assuming the possibility of convergence, the text demonstrates the contribution of approaches to understanding human decisions, particularly associated with productive investment. From the proposal of interpreting human actions based on an organicist methodology and recognizing its institutional dependence, it is evident that the research agenda allows for the best understanding of the economic behaviour of individuals and firms.

El propósito de este artículo es reanudar la discusión sobre metodología organicista en Keynes y autores poskeynesianos visando establecer un vínculo teórico con la relación entre instituciones e individuos propuesta en el institucionalismo derivado de Veblen. Asumiendo la posibilidad de convergencia, el texto demuestra la contribución de los enfoques a la comprensión de las decisiones humanas, en particular las asociadas con la inversión productiva. A partir de la propuesta de interpretar las acciones humanas basadas en una metodología organicista y reconocer su dependencia institucional, se muestra una agenda de investigación que permite una mejor comprensión del comportamiento económico de los individuos y de las empresas.

References

Arestis, P. (1996). Post-Keynesian economics: Towards coherence. Cambridge Journal of Economics, 20(1), 111-135.

Andrade, R. P. (1996, abril 21). A ciência moral de um filósofo-economista. Folha de São Paulo.

Andrade, R. P. de (2000). A agenda do keynesianismo filosófico: origens e perspectivas. Revista de Economia Política, 20(2), 76-94.

Bateman, B. W. (1989). Human logic and Keynes’ economics: A comment. Eastern Economic Journal, 15(1), 63-67.

Belluzzo, L. G. (2015). O tempo de Keynes nos tempos do capitalismo. Brazilian Keynesian Review, 1(1), 18-34.

Carabelli, A. (1988). On Keynes’s method. London, United Kingdom: Macmillan.

Cardoso, F., & Lima, G. T. (2008). A visão de Keynes do sistema econômico como um todo orgânico complexo. Economia e Sociedade, 17(3), 359-381.

Carvalho, F. J. C. (2014). Expectativas, incerteza e convenções. Em D. C. Monteiro Filho, L. C. D. P. & H. M. M. Lastres (Eds.), Estratégias de desenvolvimento, política industrial e inovação: ensaios em memória de Fabio Erber (pp. 269-295). Belo Horizonte, Brasil.

Carvalho, F. J. C. (2015). Keynes on expectations, uncertainty and defensive behavior. Brazilian Keynesian Review, 1(1), 44-54.

Catão, L. (1992.). Do tratado sobre probabilidade à teoria geral: o conceito de racionalidade em Keynes. Revista de Economia Política, 12(1), 60-75.

Chick, V. (1983). Macroeconomics after Keynes: A reconsideration of the general theory. Cambridge, MA: The MIT Press.

Chick, V. (2004). On open systems. Brazilian Journal of Political Economy, 24(1), 3-16.

Chick, V., & Dow, S. C. (2001). Formalism, logic and reality: A Keynsian analysis. Cambridge Journal of Economics, 25(6), 705-721.

Conceição, O. A. C. (2007). Além da transação: uma comparação do pensamento dos institucionalistas com os evolucionários e pós-keynesianos. Revista Anpec. Economia, Brasilia (DF), 7(3), 621-642.

Conceição, O. A. C. (2009). Instituições e crescimento econômico: da “tecnologia social” de Nelson à “causalidade vebleniana” de Hodgson. Em Anais do 37º Encontro Nacional de Economia, Foz do Iguaçu. Disponível em https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/30422/000732510.pdf?sequence=1

Corazza, G. (2009). Aspectos metodológicos do pensamento de Keynes. Em II Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira. Disponível em https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/30432/000732330.pdf?...1

Davidson, P. (2005). The post-keynesian school. Em B. Snowdon, e H. R. Vane (Eds.), Modern macroeconomics: Its origins, development and current state (pp. 451-473). Cheltenham, London: Edward Elgar.

Davis, J. (1989). Keynes on atomism and organicism. The Economic Journal, 99, 1159-1172.

Davis, J. (1989/1990). Keynes and organicism. Journal of Post Keynesian Economics, 12(2), 308-315.

Davis, J. B. (1999). Human action and agency. Em P. A. O’Hara (Ed.), Encyclopedia of Political Economy (pp. 462-464). London: Routledge.

Dequech, D. (1999). Expectations and confidence under uncertainty. Journal of Post Keynesian Economics, 21(3), 415-430.

Dequech, D. (2004). Uncertainty: Individuals, institutions and technology. Cambridge Journal of Economics, 28(3), 365-378.

Dow, S. C. (2012). Keynes on knowledge, expectations and rationality. Em E. S. Phelps & R. Frydman (Eds.), Rethinking expectations: The way forward for macroeconomic (pp. 112-129). Princeton, NJ: Princeton University Press.

Dow, S. C. (2014). Animal spirits and organization. Journal of Post-Keynesian Economics, 37(2), 211-231.

Dow, A., & Dow, S. C. (1985). Animal spirits and rationality. Em T. Lawson & H. Pesaran (Eds.), Keynes economics: Methodological issues (pp. 34-48). Armonk, NY: M. E. Sharpe.

Dow, A., & Dow, S. C. (2011). Animal spirits revisited. Capitalism and Society, 6(2). 1-25.

Fernández-Huerga, E. (2008). The economic behavior of human beings: The institutional/post-Keynesian model. Journal of Economic Issues, 42(3), 709-726.

Ferrari-Filho, F., & Conceição, O. A. C. (2005). The concept of uncertainty in post keynesian theory and in institutional economics. Journal of Economic Issues, 34(3), 579-594.

Ferrari-Filho, F., & Terra, F. B. (2016). Reflexões sobre o método em Keynes. Revista de Economia Política, 36(1), 70-90.

Goudard, G. C., & Terra, F. H. B. (2015). Incerteza, tomada de decisão, hábito e instituição: uma possível articulação entre keynesianos e neoinstitucionalistas (Working Paper, 2015-23). Department of Economics, FEA-USP.

Henriques, R. (2000). Comportamento racional e formação de crenças em Keynes. Revista Brasileira de Economia, 54(3), 359-379.

Hodgson, G. M. (1989). Post-keynesianism and institutionalism: The missing link. Em J. Pheby (Ed.), New directions in post-keynesian economics (pp. 94-123). Cambridge, Reino Unido: Aldershot.

Hodgson, G. M. (1994). Economia e instituições: manifesto por uma economia institucionalista moderna. São Paulo: Celta Editora.

Hodgson. G. M. (1997a). From micro to macro: The concept of emergence and the role of institutions. Anais do Seminário Internacional Instituições e Desenvolvimento Econômico: uma perspectiva comparativa sobre a reforma do estado. Rio de Janeiro: UFRJ.

Hodgson, G. M. (1997b). Economia e evolução: o regresso da vida à teoria econômica. Oeiras: Celta.

Hodgson, G. (1998). Post-keynesianism and institucionalism: Another look at the link. Em M. Setterfield, Growth, employment and inflation: Essays in honour of John Cornwall. London: Macmillan.

Hodgson, G. M. (2003). The hidden persuaders: Institutions and individuals in economic theory. Cambridge Journal of Economics, 27(2), 159-175.

Hodgson, G. M. (2005). Instinct and habit before reason: Comparing the views of John Dewey, Friedrich Hayek and Thorstein Veblen. Em E. Krecké, C. Krecké, & R. G. Koppl (Ed.), Cognition and Economics (Advances in Austrian Economics, vol. 9, pp. 109-143). Bingley: Emerald Group Publishing Limited.

Hodgson, G. M. (2004). The evolution of institutional economics: Agency, structure and Darwinism in American institutionalism. London e Nova Iorque, NY: Routledge.

Hodgson, G. M. (2006). What are institutions? Journal of Economic Issues, XL(1), 1-25.

Hodgson, G. M. (2007). Institutions and individuals: Interaction and evolution. Organization Studies, 28(1), 95-116.

Hodgson, G. M. (2010). Choice, habit and evolution. Journal of Evolutionary Economics, 20(1), 1-18.

Hunt, E. K., & Lautzenheiser, M. (2013). História do pensamento econômico. Rio de Janeiro, Brasil: Elsevier.

Keynes, J. M. (1921). Treatise on probability (T. Szmrecsányi, Trad.). London: MacMillan and Co.

Keynes, J. M. (1972). Essays in biography. The collected writings of John Maynard Keynes (Volume X). London: Macmillan.

Keynes, J. M. (1964). The general theory of employment, interest and money. Nova Iorque, NY: HBJ Book.

Keynes, J. M. (1984). A teoria geral do emprego. Em T. Szmrecsányi (Org.). Keynes. São Paulo: Ática.

Lakatos, I. (1979). O falseamento e a metodologia dos programas de pesquisa científica. Em I. Lakatos & A. Musgrave (Org.), A crítica e o desenvolvimento do conhecimento (pp. 109-243). São Paulo: Cultrix.

Lavoie, M. (2004). La necesidad de una alternativa. Em Crítica a la Economía Ortodoxa. Seminario de Economía Crítica TAIFA. Bellaterra: Universitat Autònoma de Barcelona.

Minsky, H. (1975). John Maynard Keynes. Nova Iorque, NY: Columbia University Press.

Park, M., & Kayatekin, S. (2002). Organicism, uncertainty and “societal interactionism”: A Derridean perspective. Em S. Dow & J. Hillard (Eds.), Keynes, uncertainty and the global economy (pp. 106-127). Cambridge: Edward Elgar Publishing, Inc.

Pessali, H. F. (2006). Nanofundamentos da macroeconomia: Keynes e o institucionalismo na teoria geral. Revista de Economia, 32(2), 63-79.

Pessali, H. F. (2016). Nanoelementos da mesoeconomia: uma economia que não está nos manuais. Curitiba: Editora da UFPR.

Rotheim, R. J. (1989). Organicism and the role of individual in Keynes’s thought. Journal of Post-Keynesian Economics, 12(2), 316-326.

Rotheim, R. J. (2011). Keynes on individual behaviour and the possibility of involuntary uneployment equilibrium. Em Keynes Seminar. Robinson College, Nova Iorque.

Rutherford, M. (1996). Institutions in economics: The old and the new institutionalism. Cambridge: Cambridge University Press.

Terzi, A. (1999). Animal spirits. Em P. A. O’Hara (Ed.), Encyclopedia of Political Economy (pp. 187-201). London: Routledge.

Veblen, T. B. (1898a). The instinct of workmanship and the irksomeness of labor. American Journal of Sociology, 4(2), 187-201.

Veblen, T. B. (1898b). Why is economics not an evolutionary science? Quarterly Journal of Economics, 12(4), 373-397.

Veblen, T. B. (1983). A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições. São Paulo: Abril Cultural.

Vercelli, A. (2016). Por uma macroeconomia não reducionista: uma perspectiva de longo prazo. Economia e Sociedade, 3(1), 3-19. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643214

Vercelli, A. (2010). Weight of argument and economic decisions (Working Paper, 6). Departament of Economic Policy, Finance and Development.

Winslow, E. G. (1986). “Human logic” and Keynes’ economics. Eastern Economic Journal, 12(4), 413-430.

Winslow, E. G. (1989). “Human logic” and Keynes’ economics: A reply to Bateman. Eastern Economic Journal, 12(4), 67-70.

How to Cite

APA

Lopes, H. C. and Conceição, O. A. C. (2021). Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen. Cuadernos de Economía, 40(82), 339–360. https://doi.org/10.15446/cuadecon.v40n82.82087

ACM

[1]
Lopes, H.C. and Conceição, O.A.C. 2021. Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen. Cuadernos de Economía. 40, 82 (Jan. 2021), 339–360. DOI:https://doi.org/10.15446/cuadecon.v40n82.82087.

ACS

(1)
Lopes, H. C.; Conceição, O. A. C. Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen. Cuad. econ 2021, 40, 339-360.

ABNT

LOPES, H. C.; CONCEIÇÃO, O. A. C. Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen. Cuadernos de Economía, [S. l.], v. 40, n. 82, p. 339–360, 2021. DOI: 10.15446/cuadecon.v40n82.82087. Disponível em: https://revistas.unal.edu.co/index.php/ceconomia/article/view/82087. Acesso em: 15 jul. 2024.

Chicago

Lopes, Herton Castiglioni, and Octávio Augusto Camargo Conceição. 2021. “Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen”. Cuadernos De Economía 40 (82):339-60. https://doi.org/10.15446/cuadecon.v40n82.82087.

Harvard

Lopes, H. C. and Conceição, O. A. C. (2021) “Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen”., Cuadernos de Economía, 40(82), pp. 339–360. doi: 10.15446/cuadecon.v40n82.82087.

IEEE

[1]
H. C. Lopes and O. A. C. Conceição, “Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen”., Cuad. econ, vol. 40, no. 82, pp. 339–360, Jan. 2021.

MLA

Lopes, H. C., and O. A. C. Conceição. “Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen”. Cuadernos de Economía, vol. 40, no. 82, Jan. 2021, pp. 339-60, doi:10.15446/cuadecon.v40n82.82087.

Turabian

Lopes, Herton Castiglioni, and Octávio Augusto Camargo Conceição. “Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen”. Cuadernos de Economía 40, no. 82 (January 1, 2021): 339–360. Accessed July 15, 2024. https://revistas.unal.edu.co/index.php/ceconomia/article/view/82087.

Vancouver

1.
Lopes HC, Conceição OAC. Organicismo e institucionalismo: as decisões humanas a partir de uma proposta de conexão entre as teorias de Keynes e Veblen. Cuad. econ [Internet]. 2021 Jan. 1 [cited 2024 Jul. 15];40(82):339-60. Available from: https://revistas.unal.edu.co/index.php/ceconomia/article/view/82087

Download Citation

CrossRef Cited-by

CrossRef citations0

Dimensions

PlumX

Article abstract page views

242

Downloads

Download data is not yet available.