Hambre divina: la máquina de guerra caníbal
Divine Hunger: The Cannibal War Machine
Palavras-chave:
modernidad y violencia, máquina de guerra, democracia liberal, hombre blanco caníbal, brujería (es)modernity and violence, war-machine, liberal democracy, witchcraft, cannibal white-man (en)
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El presente artículo identifica una relación histórica y sistémica entre el ejercicio del poder político y una “máquina de guerra caníbal” que se apropia de formas y conceptos propios del ámbito de la brujería y de la relación con lo divino. Se propone que la violencia material y simbólica ha sido el eje de todos los intercambios sociales de la modernidad, en la que se despliega un aparato de muerte y sufrimiento justificado en el progreso, la libertad y el mercado capitalista, bajo una lógica que evoca el sacrificio a los dioses y que sacraliza el orden liberal democrático. A partir del proceso de colonización del Nuevo Mundo, el lucro de la guerra y la ambición por explotar la exuberante riqueza del territorio amerindio hicieron que el hombre blanco caníbal (una figura común en los imaginarios no-occidentales) desatara esa máquina de guerra que devora personas y recursos para alimentar al Estado colonial. En la contemporaneidad, el uso de altas tecnologías envuelve a las acciones bélicas con un halo de misterio que hace mímesis de los imaginarios de la magia y la hechicería, lo cual supone la propagación deliberada de una mística que genera miedo y caos social y que conviene a los intereses militares. Después de cinco siglos de coalición entre el poder político y la violencia, pareciera que la máquina de guerra caníbal no se ha saciado y reclama cada vez más sangre en nombre de la libertad y el progreso.
This article identifies a deep historical and systemic relationship between the exercise of political power and a “Cannibal War Machine”, which appropriates forms and concepts belonging to the realms of witchcraft and the relation with the divine. It proposes that material and immaterial forms of violence have been the axis of all social exchanges in modernity, deploying death and suffering as a necessary artifact for progress, freedom and capitalist market through a logic that evokes the sacrifices to the gods and the sacred status of the liberal democratic order. From the conquest and colonization of the New World, the profits of plunder and extraction of the wealth of the Amerindian territory made the cannibal white-man (a stock figure in non- Western imagination) to unleash such a war machine that devours peoples and resources to feed the colonial State. In the contemporary world, the use of cutting-edge technologies swathes military actions with an aura of mystery, which mimics the imaginaries of magic and witchcraft, deliberately spreading a mystic that generates fear and social chaos, quite convenient to the military interests. After five centuries of intertwining of political power and violence, it would seem that the machine of war has not satiated itself and that it keeps claiming for more blood in the name of liberty and progress.
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