Kurunabirus. Una mirada urarina sobre la creación de las enfermedades y los nuevos contagios en la cuenca del río Chambira (Amazonía Peruana)
Kurunabirus. An urarina look at the creation of diseases and new contagions in the Chambira river basin (Peruvian Amazon)
Kurunabirus. Um olhar urarina sobre a criação de doenças e novos contagios na bacia do rio Chambira (Amazônia peruana)
DOI:
https://doi.org/10.15446/ma.v12n1.88921Palavras-chave:
Urarina, Amazonía peruana, origen de las enfermedades, mitología urarina, coronavírus (es)Urarina, Peruvian Amazon, origin of diseases, urarina mythology, coronavirus (en)
Urarina, Amazônia peruana, origem das doenças, mitologia da urarina, coronavírus (pt)
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Los Urarina del río Chambira (Amazonía peruana), al igual que otros grupos y comunidades indígenas de la región, enfrentan nuevamente un evento epidémico potencialmente catastrófico. A pesar de la falta de conocimiento sobre los efectos o la forma de propagación de la nueva enfermedad y valiéndose de la poca información disponible, respondieron con prontitud frente a la propagación del COVID-19 disponiendo el cierre de acceso a la cuenca y adoptando medidas de auto aislamiento. El presente artículo es una reflexión sobre la experiencia de estos últimos meses, y nace a raíz de varias conversaciones que tuvieron lugar entre los dos autores a lo largo de todo el periodo de cuarentena. El texto plantea una discusión sobre el coronavirus (kurunabirus), su origen y propagación, valiéndose para ello de un mito urarina inédito que relata la creación de las enfermedades. Finalmente, se resalta cómo el discurso mítico, al contradecir las interpretaciones meramente biológicas, confiere un origen social a las enfermedades infecciosas, cuya vacuna se vuelve efectiva a través de la autonomía y la organización, únicas estrategias virtuosas para enfrentar la emergencia actual.
The Urarina of the Chambira River (Peruvian Amazon), like other indigenous groups and communities in the region, are once again facing a potentially catastrophic epidemic event. Despite the lack of knowledge about the effects or the way the new disease is spreading, and using the little information available, they responded promptly to the spread of COVID-19 by arranging for the closure of access to the basin and adopting measures of self-isolation. This article is a reflection on the experience of the last few months, and arises from several conversations that took place between the two authors throughout the quarantine period. The text raises a discussion about the coronavirus (kurunabirus), its origin and spread, using an unpublished Urarina myth that tells the creation of the diseases. Finally, it highlights how the mythical discourse, by contradicting the merely biological interpretations, confers a social origin to the infectious diseases, whose vaccine becomes effective through autonomy and organization, the only virtuous strategies to face the current emergency.
Os Urarina do Rio Chambira (Amazônia peruana), assim como outros grupos e comunidades indígenas da região, enfrentam mais uma vez um evento epidêmico potencialmente catastrófico. Apesar da falta de conhecimento sobre os efeitos ou a forma como a nova doença está se espalhando, e utilizando as poucas informações disponíveis, eles responderam prontamente à propagação da Covid-19, providenciando o fechamento do acesso à bacia e adotando medidas de auto-isolamento. Este artigo é uma reflexão sobre a experiência dos últimos meses, e surge de várias conversas que ocorreram entre os dois autores durante todo o período de quarentena. O texto levanta uma discussão sobre o coronavírus (kurunabirus), sua origem e propagação, utilizando um mito urinário inédito que conta a criação das doenças. Finalmente, destaca como o discurso mítico, ao contradizer as interpretações meramente biológicas, confere uma origem social às doenças infecciosas, cuja vacina se torna eficaz através da autonomia e organização, as únicas estratégias virtuosas para enfrentar a emergência atual.
Referências
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CrossRef Cited-by
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