Uma etnografia sobre os dilemas territoriais do Programa Bolsa-Família entre os índios Apurinã na Amazônia Central
An ethnography on territorial dilemmas of the Bolsa-Família Program among the Apurinã Indians in the Central Amazon
Una etnografía sobre los dilemas territoriales del Programa Bolsa-Família entre los indios Apurinã en la Amazonía Central
DOI:
https://doi.org/10.15446/ma.v14n2.95384Palavras-chave:
Programa Bolsa Família, Apurinã, Terra Indígena, Etnografia (pt)Bolsa Familia Program, Apurinã, Indigenous Land, Ethnography (en)
Programa Bolsa Familia, Apurina, Tierra Indígena, Etnografía (es)
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Partindo do princípio de que toda política precisa conhecer o chão que se pisa, o artigo descreve o modo como as políticas de transferência de renda do Governo Federal, em especial o Programa Bolsa Família, são vivenciadas, percebidas e interpretadas pelos índios Apurinã que habitam um Complexo de Terras Indígenas na região do Médio rio Purus, Amazônia Central. O texto foca na trajetória de vida e nos deslocamentos de três famílias em diferentes regiões do Complexo buscando traçar ao longo dessas linhas as redes terrestres em que essas políticas estão emaranhadas, desdobrando o leque de controvérsias nos quais os atores estão metidos.
Understanding that every public policy needs to know the ground where one walks on, the article describes how the income transfer policies of the Brazilian Federal Government, especially the Bolsa Familia Program, are experienced, perceived and interpreted by the Indigenous people Apurinã who live in the indigenous land Complex of the medium Purus river, Central Amazon. The focus of the article is the life trajectory and the displacements of three families through different regions of the Complex so that the land routes can be drawn and be linked to the controversies in which the families are included.
Partiendo del principio de que toda política debe conocer el terreno que pisa, el artículo describe cómo las políticas de transferencia de renta del Gobierno Federal, especialmente el Programa Bolsa Familia, son vividas, percibidas e interpretadas por los indios Apurinã que habitan un Complejo de Tierras Indígenas en la región del Medio río Purus, en la Amazonía Central. El texto se centra en las trayectorias vitales y los desplazamientos de tres familias en diferentes regiones del Complejo buscando trazar a lo largo de estas líneas las redes terrestres en las que se enredan esas políticas, desplegando el abanico de controversias en las que están inmersos los actores.
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