Sobre a arte como fotografia em Mário de Andrade e Walter Benjamin
On Art as Photography by Mário de Andrade and Walter Benjamin
Sobre el arte como fotografía en Mário de Andrade y Walter Benjamin
DOI:
https://doi.org/10.15446/lthc.v26n1.111327Palabras clave:
Mário de Andrade, Walter Benjamin, cinema, modernismo, modernidade (pt)Mário de Andrade, Walter Benjamin, cine, vanguardia, modernidad (es)
Mário de Andrade, Walter Benjamin, Cinema, Vanguard, Modernity (en)
Descargas
Partindo de um jogo de atração e repulsão entre os argumentos que Mário de Andrade e Walter Benjamin desenvolvem sobre o cinema, o artigo apresenta simultaneidades na reflexão sobre a nova arte na obra dos autores. Para tanto, desenvolve uma leitura espelhada dos ensaios de Mário escritos nos anos 1920, contrastando com a discussão benjaminiana elaborada na década seguinte. Ainda que conceitualmente os autores divirjam sobre a arte como fotografia – ou seja, sobre uma nova sensibilidade estética que se instaura na modernidade na qual a imagem passa a se colocar como fundamento estético inclusive no não-cinematográfico –, a hipótese analítica de Benjamin dá sustentação para a leitura de um romance como Macunaíma, de Mário. Discute-se, então, a tensão entre a obra ensaística e romanesca do brasileiro, atentando para como a arte como fotografia se coloca como potência em sua própria estética.
Starting from a movement of attraction and repulsion between the ideas of Mário de Andrade and Walter Benjamin on cinema, in this paper are presented simultaneities in the reflection of both authors on the new art. With this aim, it develops a reflected reading of Mario's essays of the 1920s, contrasting with the Benjaminian discussion of the following decade. Although conceptually about Art as Photography the author are not in agreement each other —about a new aesthetic sensitivity that is established in modernity where the image begins to place itself as an aesthetic foundation even in non-cinematographic—, Benjamin's analytical hypothesis may sustain a reading of a novel like Macunaíma, by Mario. Then, the paper discusses the tension in the Brazilian essayist and novelist Oeuvre, paying attention to how Art as Photography stands as power in its own aesthetics.
A partir del juego de atracción y repulsión entre los argumentos de Mário de Andrade y Walter Benjamin sobre el cine, en el artículo se presentan simultaneidades entre ellos en la reflexión sobre el nuevo arte. Para eso, se desarrolla una lectura espejada de los ensayos de Mário escritos en la década de 1920, contrastando con la discusión benjaminiana de la década posterior. Aunque conceptualmente los autores diverjan sobre el arte como fotografía —o sea, sobre una nueva sensibilidad estética instaurada en la modernidad, en la cual la imagen se pone como fundamento estético inclusive afuera del cine—, la hipótesis analítica de Benjamin sostiene la lectura de una novela como Macunaíma, de Mário. Se discute, entonces, la tensión entre la obra ensayística y narrativa del brasileño, poniendo énfasis en cómo el arte como fotografía se pone como potencia en su estética.
Referencias
Adorno, Theodor e Max Horkheimer. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro, Zahar, 1985.
Adorno, Theodor. “Notas sobre o filme”. Theodor W. Adorno. São Paulo, Ática, 1986, págs. 100-107.
Adorno, Theodor. “Progresso”. Lua Nova, num. 27, 1992, págs. 217-236. Web. 29 de maio de 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-64451992000300011
Adorno, Theodor. Estética 1958-1959. Buenos Aires: Las Cuarenta, 2013.
Andrade, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro, Agir, 2007.
Andrade, Mário de. No cinema. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2010.
Andrade, Mário de. “A escrava que não é Isaura”. Obra imatura. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2013, págs. 225-335.
Andrade, Mário de. “Pauliceia desvairada”. Poesia completa v. 1. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2013, págs. 57-127.
Andrade, Mário de. Amar, verbo intransitivo. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2013.
Baudelaire, Charles. O pintor da vida moderna. Belo Horizonte, Autêntica, 2010.
Benjamin, Walter e Erich Auerbach. Correspondencia. Buenos Aires, Godot, 2015.
Benjamin, Walter. A hora das crianças. Narrativas radiofônicas. Rio de Janeiro, NAU, 2015.
Benjamin, Walter. Origem do drama trágico alemão. Belo Horizonte, Autêntica, 2016.
Benjamin, Walter. “Infância Berlinense: 1900”. Rua de mão única: Infância Berlinense: 1900. Belo Horizonte, Autêntica, 2017, págs. 69-116.
Benjamin, Walter. “Crisis de la novela”. La tarea del crítico. CABA, Eterna Cadencia, 2017, págs. 69-76.
Benjamin, Walter. “Pequena história da fotografia”. Estética e sociologia da arte. Belo Horizonte, Autêntica, 2017, págs. 49-78.
Benjamin, Walter. “A obra de arte na época da possibilidade de sua reprodução técnica (5ª versão)”. Estética e sociologia da arte. Belo Horizonte, Autêntica, 2017, págs. 7-47.
Benjamin, Walter. “Sobre alguns motivos na obra de Baudelaire”. Baudelaire e a modernidade. Belo Horizonte, Autêntica, 2017, págs. 103-149.
Benjamin, Walter. Passagens. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2018.
Benjamin, Walter. “Sobre o conceito da História”. O anjo da história. Belo Horizonte, Autêntica, 2019, págs. 9-20.
Buck-Morss, Susan. Walter Benjamin, escritor revolucionario. CABA, La marca editorial, 2014.
Claussen, Detlev. “Globale Gleichzeitigkeit, gesellschaftliche Differenz”. Hannoversche Schriften 6. Frankfurt am Main, Neue Kritik, 2005, págs. 9-29.
Cunha, João Manuel dos Santos. A lição aproveitada: modernismo e cinema em Mário de Andrade. Cotia, Ateliê Editorial, 2011.
Didi-Huberman, Georges. “Povos expostos, povos figurantes”. Vista, v. 1, 2017, págs. 16-31. Web. 29 de maio de 2023. DOI: https://doi.org/10.21814/vista.2963
Freyre, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo, Global, 2006.
Friedrich, Hugo. Estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX a meados do século XX. São Paulo, Duas Cidades, 1978.
Lopez, Telê Ancona. “O Turista Aprendiz na Amazônia: a invenção no texto e na imagem”. Anais do Museu Paulista, vol. 13. num. 2. 2005, págs. 135-164. Web. 29 de maio de 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-47142005000200005
Macunaíma. Direção e produção de Joaquim Pedro de Andrade. Brasil, 1969.
Pontes, Heloísa. Destinos mistos: os críticos do Grupo Clima em São Paulo (1940-68). São Paulo, Companhia das Letras, 1998.
Sarlo, Beatriz. La imaginación técnica: sueños modernos de la cultura argentina. CABA, Nueva Visión, 2004.
Scramim, Susana. “Pervivências” do arcaico: a poesia de Drummond, Murilo Mendes e Cabral e sua sombra. Rio de Janeiro, 7 Letras, 2019.
Sontag, Susan. Ante el dolor de los demás. Barcelona, Debolsillo, 2010.
Sontag, Susan. “Teatro e filme”. A vontade radical. São Paulo, Companhia de Bolso, 2015, págs. 108-132.
Sterzi, Eduardo. “Mário de Andrade e o apocalipse das imagens”. Remate de males, vol. 39, num. 1, 2019, págs. 246-264. Web. 29 de maio de 2023. DOI: https://doi.org/10.20396/remate.v39i1.8654549
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
La revista Literatura: teoría, historia, crítica, de acuerdo con su naturaleza académica, una vez los autores han cedido los derechos sobre sus trabajos, publica los contenidos de sus ediciones en formato digital, en acceso abierto a través de una licencia de Creative Commons 4.0 de “Atribución, No comercial, Sin derivar” (BY-NC-ND). Sugerimos a los autores enlazar los trabajos publicados en la revista a nuestro sitio web desde páginas web personales o desde repositorios institucionales.
También, como autores o coautores, deben declarar ante la revista que ellos son los titulares de los derechos de su trabajo y que no tienen impedimento para realizar su cesión. Asimismo, los autores ceden todos los derechos patrimoniales (de reproducción, comunicación pública, distribución, divulgación, transformación, puesta a disposición y demás formas de utilización, por cualquier medio o procedimiento), por el término de la protección legal de la obra y en todos los países, a la revista Literatura: teoría, historia, crítica, de la Facultad de Ciencias Humanas de la Universidad Nacional de Colombia (sede Bogotá).