Publicado
Versiones
- 2022-09-20 (2)
- 2021-01-01 (1)
O “lugar de fala” e as “falas do lugar” na enunciação literária: o dilema pós-colonial
The “Place of Speak” and “Speaking from the Place” in Literary Enunciation: the Post-Colonial Dilema
El “lugar de habla” y los “discursos desde el lugar” en la enunciación literaria: el dilema poscolonial
DOI:
https://doi.org/10.15446/lthc.v23n1.90598Palabras clave:
estudos culturais, literaturas pós-coloniais, lugar de fala, pós-colonialismo (pt)estudios culturales, literatura poscolonial, lugar de habla, poscolonialismo (es)
cultural studies, post-colonial literature, place of speech, post-colonialism (en)
Descargas
A aproximação acadêmica entre a literatura comparada e os estudos culturais, importante vertente das pesquisas pós-coloniais, produziu desafiadoras hipóteses científicas. Neste artigo discutimos as implicações acadêmico-científicas na utilização do conceito sociológico de “lugar de fala” para a análise da enunciação literária. Para tanto, estão aqui referidas teorias do discurso ficcional e da narrativa, teorias pós-coloniais e conceitos sociológicos acerca da representatividade de grupos sociais minoritários. Como ilustração das ideias propostas, ao final, alguns escritores literários africanos representantes do mundo pós-colonial estão referidos.
The academic approach between comparative literature and cultural studies, a relevant aspect of post-colonial research, has produced challenging scientific hypotheses. In this article, we discuss the academic-scientific implications of using the sociological concept of “place of speech” for the analysis of literary enunciation. For this purpose, we refer to theories of fictional discourse and narrative, post-colonial theories, and sociological concepts about the representativeness of minority social groups. As an illustration of the proposed ideas, in the end, we mention African literary writers, representatives of the post-colonial world.
El enfoque académico entre la literatura comparada y los estudios culturales, un aspecto importante de la investigación poscolonial, ha producido hipótesis científicas desafiantes. En este artículo discutimos las implicaciones académico-científicas del uso del concepto sociológico de “lugar de habla” para el análisis de la enunciación literaria. Para este propósito, se hace referencia a las teorías del discurso ficticio y la narrativa, las teorías poscoloniales y los conceptos sociológicos sobre la representatividad de los grupos sociales minoritarios. Como ilustración de las ideas propuestas, al final se mencionan algunos escritores literarios africanos, representantes del mundo poscolonial.
Referencias
Agamben, Giorgio. “O autor como gesto”. Profanações. Traduzido por Selvino J. Assmann, São Paulo, Boitempo, 2007.
Alcoff, Linda. “The Problem of Speaking for Others”. Cultural Critique, n. 20, 1991, pp. 5-32. Web. 05 de novembro de 2019.
Amaral, Tarsila do. Operários. Pintura a óleo, Palácio Boa Vista, São Paulo, 1933.
Anderson, Benedict. Comunidades imaginadas: Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Traduzido por Denise Bottman, São Paulo, Companhia das Letras, 2008.
Appiah, Kwame Anthony. Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura. Traduzido por Vera Ribeiro, Rio de Janeiro, Contraponto, 1997.
Barthes, Roland. “A Morte do Autor”. O Rumor da Língua. Traduzido por Mario Laranjeira, São Paulo, Martins Fontes, 2004.
Bakhtin, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Traduzido por Aurora Fornoni Bernadini et al., São Paulo, Editora unesp, 1990.
Bhabha, Homi. O local da cultura. Traduzido por Myriam Ávila et al., Belo Horizonte, Editora UFMG, 1998.
Brah, Avtar. “Diferença, diversidade, diferenciação”. Cadernos Pagu, n. 26, 2006, pp. 329-376. Web. 05 de novembro de 2019.
Couto, Mia e Mirella Nascimiento. “Questionar lugar de fala ‘mata’ literatura, diz Mia Couto”. uol. 24 de maio de 2018. Web. 03 de maio de 2020.
Damasceno, Victoria. “Escritores negros buscam espaço em mercado dominado por brancos”. Carta Capital, 03 dezembro de 2017. Web. 14 de maio de 2020.
Fairclough, Norman. Discurso e mudança social. Traduzido por Izabel Magalhães, Brasília, Editora UnB, 2001.
Foucault, Michel. O que é um autor. Traduzido por António Fernando Cascais, Eduardo Cordeiro, Lisboa, Vega, 1992.
Freud, Sigmund. O mal-estar na civilização: novas conferências introdutórias à psicanalise e outros textos (1930-1936). Traduzido por Paulo César de Souza, São Paulo, Companhia das Letras, 2010.
Genette, Gerad. Discurso da narrativa. Traduzido por Fernando Cabral Martins, Lisboa, Veja, 1971.
Gruzinski, Serge. O pensamento mestiço. Traduzido por Rosa Freire d’Aguiar, São Paulo, Companhia das Letras, 2001.
Guattari, Félix. As três ecologias. Traduzido por Maria Cristina F. Bittencourt, São Paulo, Editora Papirus, 1990.
Hall, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11ª ed.Traduzido por Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro, Rio de Janeiro, DP&A, 2006.
Lajolo, Marisa. “O texto não é pretexto”. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 8. ed. Organizado por Regina Zilberman, Porto Alegre, Mercado Aberto, 1988.
Lukács, György. A teoria do romance. Traduzido por José Marcos Mariani de Macedo, São Paulo, Editora 34 Ltda., 2007.
Mignolo, Walter. “Desobediência epistêmica: A opção descolonial e o significado de identidade em política”. Traduzido por Ângela Lopes Norte. Cadernos de Letras da uff, n. 34, 2008, pp. 287-324.
Morin, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 3.ed. Traduzido por Eliane Lisboa, Porto Alegre, Sulina, 2007.
Pécora, Luísa. “Mulheres têm menos espaço na literatura, mas leem mais e dominam prêmios”. Último Segundo. 26 de maio de 2014. Web. 14 de maio de 2020.
Pepetela. Lueji, O nascimento de um império. São Paulo, Leya, 2015.
Pepetela. Predadores. Rio de Janeiro, Língua Geral, 2008.
Pepetela. O quase fim do mundo. Lisboa, Dom Quixote, 2008.
Pron, Patricio. “Somos todos Elena Ferrante”. El País. 21 novembro de 2015. Web. 02 fevereiro de 2020.
Ribeiro, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte, Letramento, 2017.
Said, Edward W. Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. Traduzido por Rosaura Eichenberg, São Paulo, Companhia das Letras, 2007.
Santiago, Silviano. “O entre-lugar do discurso latino americano”. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. São Paulo, Perspectiva, 1978.
Santos, Boaventura de Souza. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo, Cortez, 2010.
Saussure, Ferdinan de. Curso de Linguística Geral. 28a ed. Traduzido por Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein, São Paulo, Cultrix, 2012.
Spivak, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Traduzido por Sandra Tegina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa, Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2010.
Vieira, Else. “Estudos literários e estudos culturais: territórios dos caminhos que convergem”. Literatura e estudos culturais. Organizado por Maria Antonieta Pereira e Eliana Lourenço de Reis, Belo Horizonte, Editora da ufmg, 2000.
Vieira, Luandino. Luuanda: Estórias. São Paulo, Companhia das Letras, 2004.
Vieira, Luandino. O livro dos rios. Luanda, Editorial Nzila, 2006.
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia
Derechos de autor 2020 Literatura: teoría, historia, crítica

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
La revista Literatura: teoría, historia, crítica, de acuerdo con su naturaleza académica, una vez los autores han cedido los derechos sobre sus trabajos, publica los contenidos de sus ediciones en formato digital, en acceso abierto a través de una licencia de Creative Commons 4.0 de “Atribución, No comercial, Sin derivar” (BY-NC-ND). Sugerimos a los autores enlazar los trabajos publicados en la revista a nuestro sitio web desde páginas web personales o desde repositorios institucionales.
También, como autores o coautores, deben declarar ante la revista que ellos son los titulares de los derechos de su trabajo y que no tienen impedimento para realizar su cesión. Asimismo, los autores ceden todos los derechos patrimoniales (de reproducción, comunicación pública, distribución, divulgación, transformación, puesta a disposición y demás formas de utilización, por cualquier medio o procedimiento), por el término de la protección legal de la obra y en todos los países, a la revista Literatura: teoría, historia, crítica, de la Facultad de Ciencias Humanas de la Universidad Nacional de Colombia (sede Bogotá).