Furtado e Veblen: aproximações teóricas
Furtado and Veblen: Theoretical approaches
Furtado y Veblen: aproximaciones teóricas
DOI:
https://doi.org/10.15446/cuad.econ.v44n94.108432Palavras-chave:
Celso Furtado, Thorstein Veblen, consumo, desenvolvimento (pt)Celso Furtado, Thorstein Veblen, consumption, development (en)
Celso Furtado, Thorstein Veblen, consumo, desarrollo (es)
Downloads
Ao analisar as obras de Celso Furtado, identificam-se similaridades com as teorias de Thorstein Veblen, o que leva a pensar que o último influenciou o primeiro. Contudo, estudos que buscam evidenciar tal influência são escassos. Este estudo busca identificar pontos de aproximação de Furtado com Veblen, bem como analisar seu significado. Assim, utiliza-se revisão da literatura, com foco nos conceitos e na leitura do processo de desenvolvimento econômico de Furtado, em particular na América Latina, com relações teóricas à noção de consumo conspícuo de Veblen. Conclui-se que a abordagem furtadiana sobre consumo mimético das elites periféricas bebeu do arcabouço teórico institucionalista de Veblen.
When analyzing the works of Celso Furtado, similarities with the theories of Thorstein Veblen are identified, leading to the belief that the latter influenced the former. However, studies seeking to demonstrate such influence are scarce. This study aims to identify points of convergence between Furtado and Veblen, as well as to analyze their significance. Thus, a literature review is employed, focusing on concepts and interpreting Furtado’s economic development process, particularly in Latin America, with theoretical connections to Veblen’s notion of conspicuous consumption. It is concluded that Furtado’s approach to the mimetic consumption of peripheral elites drew from Veblen’s institutionalist theoretical framework.
Al analizar las obras de Celso Furtado, se identifican similitudes con las teorías de Thorstein Veblen, lo que lleva a pensar que este último influenció al primero. Sin embargo, los estudios que buscan evidenciar tal influencia son escasos. Este artículo busca identificar puntos de aproximación entre Furtado y Veblen, así como analizar su significado. Para ello, se realiza una revisión de la literatura, centrándose en los conceptos y en la interpretación del proceso de desarrollo económico de Furtado, especialmente en América Latina, con relaciones teóricas a la noción de consumo conspicuo de Veblen. Se concluye que el enfoque furtadiano sobre el consumo mimético de las élites periféricas se nutrió del marco teórico institucionalista de Veblen.
Referências
1. Bielschowsky, R. (2000). Cinquenta anos de pensamento na Cepal: uma resenha. Em R. Bielschowsky (Org.), Cinquenta anos de pensamento na Cepal (pp. 13-68). Record.
2. Brandão, G. M. (2008). Celso Furtado: o peregrino da ordem do desenvol-vimento. Em M. Costa Lima, & M. Dias David, A atualidade do pensamento de Celso Furtado (pp. 65-72). Francis.
3. Cavalcante, C. M. (2014). A economia institucional e as três dimensões das instituições. Revista de Economia Contemporânea (REC), 18(3), 373- 392. https://revistas.ufrj.br/index.php/rec/article/view/24089
4. Cepêda, V. A. (2008). Celso Furtado e a interpretação do subdesenvolvimento. Em M. Costa Lima, & M. David (Orgs.), A atualidade do pensamento de Celso Furtado (pp. 43-64). Francis.
5. Christensen, C. M. (2001). The past and future of competitive advantage. MIT Sloan Management Review, 42(2).
6. Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. (2014). Mudança estrutural para a igualdade: uma visão integrada do desenvolvimento. Nações Unidas.
7. Furtado, C. (1974). O mito do desenvolvimento. Editora Paz e Terra.
8. Furtado, C. (1989). Entre inconformismo e reformismo. Revista de Economia Política, 9(4), 457-479. https://doi.org/10.1590/0101-31571989-1467
9. Furtado, C. (1997). A fantasia organizada. Editora Paz e Terra.
10. Furtado, C. (2008). Criatividade e dependência na civilização industrial. Companhia das Letras.
11. Guedes, S. (2013). Lei e ordem econômica no pensamento de John R. Commons. Revista de Economia Política, 33(2), 281-297. https://doi.org/10.1590/S0101-31572013000200005
12. Langlois, R. N. (1986). Rationality, institutions, and explanations. Em R. N. Langlois (Org.), Essays in the New Institutional Economics (pp. 225- 255). Cambridge University Press. https://richard-langlois.media.uconn.edu/wp-content/uploads/sites/1617/2019/09/RIE.pdf
13. Machado, L., & Costa, E. M. (2021). Cultura e desenvolvimento na visão de três grandes economistas. Em C. P. Mangueira, & M. S. Paixão (Orgs.), Celso Furtado 100 anos: coletânea de ensaios em sua homenagem (pp. 57-89). Editora Universidade Federal da Paraíba.
14. Nelson, R., & Winter, S. (1982). An evolutionary theory of economic change. Belknap Press of Harvard University Press.
15. Oliveira, A. S. (2019). Uma análise do (sub)desenvolvimento brasileiro: um modelo de crescimento com distribuição de renda de regime “profit-led” (tese de doutorado). Universidade Federal de Uberlândia.
16. Porter, M. E. (1989). Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Elsevier.
17. Rostow, W. W. (1960). The Stages of Economic Growth, a Non-Communist Manifesto. University Press.
18. Szmrecsányi, T. (2001). Celso Furtado. Pensamento Econômico no Brasil Contemporâneo II. Estudos Avançados, 15(43). https://doi.org/10.1590/S0103-40142001000300025
19. Veblen, T. (1974). A Teoria da Classe Ociosa — Um estudo econômico das instituições (O. K. Bühl, trad.). Ática.
20. Veblen, T. (1898). Why is economics not an evolutionary science? The Quartely Journal of Economics, 12(4).
21. Vilaça, A. P. J., & Conceição, O. A. C. (2021). Conexões do pensamento de Celso Furtado com o institucionalismo vebleniano: hábitos, emulação e efeito-demonstração. Nova Economia, 31(3), 929-954.
Como Citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Baixar Citação
Licença
Copyright (c) 2025 Cuadernos de Economía

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Cuadernos de Economía, através da Divisão de Bibliotecas da Universidad Nacional de Colombia, promove e garante o acesso aberto a todos os seus conteúdos. Os artigos publicados pela revista estão disponíveis globalmente com acesso aberto e licenciados sob os termos da Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International (CC BY-NC-ND 4.0), o que implica o seguinte: