Memoria, cine de poesía y teoría documental en el filme-documental Yūrei

Memory, Poetry Cinema and Documentary Theory in the Documentary Film Yūrei

El objetivo del presente artículo es reflexionar sobre la memoria, el “cine de poesía” y la teoría sobre el cine documental a través del análisis crítico del documental mexicano Yūrei (Fantasmas) [2023], cuyo tema versa sobre la población japonesa que migró a México hace más de un siglo, dando cuenta de los recursos mnemotécnicos a los cuales acude dicha comunidad para conservar viva la memoria de su origen. Memoria que se funde con la cotidianidad en territorio mexicano, confluyendo en un rico sincretismo cultural de prácticas alegóricas, simbólicas y metafóricas de las cuales el documental se ocupa magistralmente realizando un recorrido histórico sobre lo que grosso modo, dicha estadía ha significado para la comunidad nipona-mexicana. Con base en la revisión teórica de los conceptos aludidos, dando cuenta de la diversidad de perspectivas para delimitar lo que puede considerarse un documental, capturando la poética y estética del filme-documental Yūrei y discursando sobre ciertas particularidades propias de este género y el “cine de poesía”, referente a Pasolini; se aclara la lucha por la memoria común, referente a Ricoeur; y, el sentido de pertenencia de la población Nikkei y lo que la Nikkeidad significan; asimismo, el sentido del filme-documental para trabajar en particular esta temática de corte histórico.

The objective of this article is to reflect on memory, “poetry cinema,” and documentary film theory through a critical analysis of the Mexican documentary Yūrei (Ghosts) [2023]. The theme of this documentary is about the Japanese population that migrated to Mexico over a century ago, highlighting the mnemonic resources used by this community to keep the memory of their origins alive. This memory merges with everyday life in Mexican territory, converging in a rich cultural syncretism of allegorical, symbolic, and metaphorical practices, which the documentary masterfully addresses, providing a historical overview of what, broadly speaking, this stay has meant for the Japanese-Mexican community. Based on a theoretical review of the aforementioned concepts, taking into account the diversity of perspectives for defining what can be considered a documentary, capturing the poetics and aesthetics of the documentary film “Yūrei” and discussing certain particularities of this genre and of “poetry cinema,” referring to Pasolini; the struggle for common memory, referring to Ricoeur, is clarified; as is the sense of belonging of the Nikkei population and what Nikkeiness means; as well as the significance of documentary film in addressing this historical theme in particular.

O objetivo deste artigo é refletir sobre memória, “cinema de poesia” e teoria do documentário por meio de uma análise crítica do documentário mexicano Yūrei (Fantasmas) [2023]. O tema deste documentário é sobre a população japonesa que migrou para o México há mais de um século, destacando os recursos mnemônicos utilizados por esta comunidade para manter viva a memória de suas origens. Essa memória se funde com a vida cotidiana em território mexicano, convergindo em um rico sincretismo cultural de práticas alegóricas, simbólicas e metafóricas, que o documentário aborda com maestria, oferecendo um panorama histórico do que, em linhas gerais, essa estadia significou para a comunidade nipo mexicana. A partir de uma revisão teórica dos conceitos mencionados, levando em conta a diversidade de perspectivas para a definição do que pode ser considerado um documentário, captura-se a poética e a estética do documentário “Yūrei” e discutem-se certas particularidades deste gênero e do “cinema de poesia”, referindo se a Pasolini; esclarece-se a luta pela memória comum, referindo-se a Ricoeur; assim como o senso de pertencimento da população Nikkei e o que significa Nikkeísmo; bem como a importância do documentário na abordagem desse tema histórico em particular.