Una industria del ornamento. Arquitectura, construcción y nacionalismo en Argentina (1914-1929)

An Ornament Industry. Architecture, Construction and Nationalism in Argentina (1914-1929)

entre la Primera Guerra Mundial (1914-1918) y el crac financiero de 1929, la intensa modernización de la industria de la construcción en Argentina estuvo marcada por la necesidad de sustituir importaciones. El alcance expresivo del hierro y del hormigón, materiales protagonistas de este proceso, parecía no satisfacer la búsqueda de imágenes de una “arquitectura nacional”. Este artículo estudia el impacto de esta coyuntura en el campo académico y profesional de los arquitectos. ¿Hasta qué punto la articulación entre nacionalismo y arquitectura se asocia al rechazo a cualquier signo de renovación técnica? Se propone una relectura de textos teóricos del intelectual Ricardo Rojas, como también una revisión de ideas, proyectos y obras del período, para rastear ciertas claves sobre los modos en los que la arquitectura buscó plegarse tanto a los debates sobre el “ser nacional” argentino, como a las imposiciones del inédito desarrollo industrial que el país atravesaba. Se trata de aportar otro punto de vista respecto de un período cuyo estudio suele separar dos rasgos principales: uno, la recurrente preocupación por la tradición y el “carácter local”. Otro, el supuesto rechazo de los arquitectos respecto del mundo de la ingeniería y de la objetividad técnica.

between the First World War (1914-1918) and the financial crash of 1929, the intense modernization of the construction industry in Argentina was
marked by the need to substitute imports. The expressive range of iron and concrete, the main materials of this process, seemed not to satisfy the search for images of a “national architecture”. This article studies the impact of this
situation in the academic and professional field of architects. To what extent is the articulation between nationalism and architecture associated with the rejection of any sign of technical renewal? A rereading of theoretical texts by the
intellectual Ricardo Rojas is proposed, as well as a review of ideas, projects and works of the period, to trace certain keys about the ways in which architecture sought to bend both to the debates on the Argentine “national being” , as well as
the impositions of the unprecedented industrial development that the country was going through. It is about providing another point of view regarding a period whose study usually separates two main features: one, the recurring concern for
tradition and the “local character”. Another, the supposed rejection of architects regarding the world of engineering and technical objectivity.

entre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a crise financeira de 1929, a intensa modernização da indústria da construção na Argentina foi marcada pela necessidade de substituição de importações. A expressiva gama de ferro e concreto, principais materiais desse processo, parecia não satisfazer a busca por imagens de uma “arquitetura nacional”. Este artigo estuda o impacto dessa situação no campo acadêmico e profissional dos arquitetos. Até que ponto a articulação entre nacionalismo e arquitetura está associada à rejeição de qualquer sinal de renovação técnica? Propõe-se uma releitura de textos teóricos do intelectual Ricardo Rojas, bem como uma revisão de ideias, projetos e obras do período, para traçar algumas chaves sobre os modos como a arquitetura procurou se curvar tanto aos debates sobre o “povo nacional” argentino ser”, bem como as imposições do desenvolvimento industrial sem precedentes que o país atravessava. Trata-se de apresentar um outro ponto de vista sobre um período cujo estudo costuma separar duas características principais: uma, a recorrente preocupação com a tradição e o “caráter local”. Outra, a suposta rejeição dos arquitetos ao mundo da engenharia e à objetividade técnica.