Fundamentalismo misionero en la Amazonia indígena: trayectorias zo’é y suruwaha ante el giro ultraconservador brasileño

Missionary fundamentalism in indigenous Amazonia: Zo’é and Suruwaha trajectories in front of Brazilian ultraconservative turn

A partir de una etnografía de las relaciones de los zo'é y los suruwaha, pueblos de “reciente contacto” de la Amazonia brasileña, con las agencias misioneras que intervinieron en sus territorios, este artículo confronta los puntos de vista indígenas con los discursos evangélicos. Para ese propósito, se da una atención especial a la perspectiva zo’é sobre los misioneros y, de forma inversa, a continuación, un énfasis a la perspectiva misionera sobre los suruwaha. El análisis conjuga informaciones oriundas del trabajo de campo etnográfico de los autores con un estudio de los presupuestos y fundamentos doctrinales de la actuación misionera. Al investigar las trayectorias de figuras destacadas de las dos instituciones evangélicas protagonistas (Novas Tribos, JOCUM), se pone de manifiesto la conexión estrecha de estas agencias con el movimiento de extrema derecha del actual gobierno brasileño. Desde las tierras indígenas hasta los despachos gubernamentales, la actuación misionera surge, junto a las Fuerzas Armadas y al agribusiness, como uno de los ejes del bolsonarismo y de su política de retroceso de los derechos indígenas.

Based on an ethnography of the relationships between the Zo'é and the Suruwaha, people “in initial contact” in Brazilian Amazonia, with the missionary agencies that intervene in their territories, this article confronts the indigenous points of view with the evangelical discourses. For that purpose, special attention is given to the Zo'é perspective on missionaries and, conversely, an emphasis on the missionary perspective on the Suruwaha. The analysis combines information from the authors' ethnographic fieldwork with a study of the presuppositions and doctrinal framework of missionary action. By investigating the trajectories of prominent figures from the two evangelical institutions (Novas Tribos, JOCUM), the close connection of these agencies with the extreme right-wing movement of the current Brazilian government is revealed. From indigenous lands to government offices, missionary action emerges, along with the Armed Forces and agribusiness, as one of the axes of Bolsonaro’s mandate and its policy of backing down indigenous rights.

A partir de uma etnografia das relações dos Zo'é e dos Suruwaha, povos de “recente contato” da Amazônia brasileira, com as agências missionárias que intervieram em seus territórios, este artigo confronta os pontos de vista indígenas com os discursos evangélicos. Com esse propósito, dá-se uma atenção especial à perspectiva zo’é sobre os missionários e, de forma inversa, em seguida, uma ênfase na perspectiva missionária sobre os Suruwaha. A análise conjuga informações oriundas do trabalho de campo etnográfico dos autores com um estudo dos pressupostos e fundamentos doutrinários da atuação missionária. Ao investigar as trajetórias de figuras destacadas das duas instituições evangélicas protagonistas (Novas Tribos, JOCUM), põe-se de manifesto a conexão estreita destas agências com o movimento de extrema direita do atual governo brasileiro. Das terras indígenas até os escritórios governamentais, a atuação missionária surge, junto às Forças Armadas e o agronegócio, como um dos eixos do bolsonarismo e da sua política de retrocesso dos direitos indígenas.