Reflexões sobre a noção de pessoa nas narrativas míticas do Alto Rio Negro: a experiência dos Tukano Búbera Põra
Reflections on the Notion of Personhood in the Mythical Narratives of the Upper Rio Negro: the Experience of the Tukano Búbera Põra
Reflexiones sobre la noción de persona en las narrativas míticas del Alto Río Negro: la experiencia de los Tukano Búbera Põra
DOI:
https://doi.org/10.15446/ma.v14n1.99408Palabras clave:
Narrativas ameríndias, Noção de pessoa Tukano, Coletivos do Alto Rio Negro, Intelectuais indígenas (pt)Narrativas ameríndias, Noción de persona, Tukano, Alto Rio Negro, Intelectuales indígenas (es)
Amerindian narratives, Notion of personhood, Upper Rio Negro, Indigenous intellectuals (en)
Descargas
Este artigo trata de apresentar as referências socioculturais do povo Tukano, suas dinâmicas de dispersão e transformação em diferentes espaços sociais desde os fatos míticos. Por meio da reflexão dos conceitos indígenas Kehtí Ukunse e Mũnropaũ Ussétisse, é possível entender aspectos da noção de pessoa que acessam a cosmologia e ontologia no Alto Rio Negro. Ao final do artigo, concluo que os pressupostos epistemológicos indígenas podem ser aplicados a outros contextos sociais e explicar outras narrativas, tanto quanto a visão moderna e ocidental que temos como referência.
This article is about presenting the sociocultural references of the Tukano people, their dynamics of dispersion and transformation in different social spaces since the mythical facts. Through the reflection of the indigenous concepts Kehtí Ukunse and Mũnropaũ Ussétisse, it is possible to understand aspects of the notion of person that access the cosmology and ontology in the Upper Rio Negro. At the end of the article, I conclude that indigenous epistemological assumptions can be applied to other social contexts and explain other narratives as much as the modern, Western view we have as reference.
Este artículo trata de presentar las referencias socioculturales del pueblo Tukano, sus dinámicas de dispersión y transformación en diferentes espacios sociales desde los hechos míticos. A través de la reflexión de los conceptos indígenas Kehtí Ukunse y Mũnropaũ Ussétisse, es posible comprender aspectos de la noción de persona claves en la cosmología y ontología en el Alto Río Negro. Al final del artículo, concluyo que los presupuestos epistemológicos indígenas pueden aplicarse a otros contextos sociales y explicar otras narrativas, tanto como la visión moderna y occidental que tenemos como referencia.
Referencias
ALMEIDA, M. (2002). The Politics of Amazonian Conservation: The Struggles of Rubber Tappers. Journal of Latin American Anthropology, 7 (1), p. 171-219. https://doi.org/10.1525/jlat.2002.7.1.170 DOI: https://doi.org/10.1525/jlat.2002.7.1.170
ANDRELLO, G. (2014). Nomes, posições e (contra-hierarquia): coletivos em transformação no alto Rio Negro. Revista de antropologia. Florianópolis, SC: Editora da UFSC, 18, (2), p. 57-97. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n2p57 DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n2p57
ANDRELLO, G. (2008a). Narradores Indígenas do Rio Negro (ou antropologia ‘faça você mesmo’). In: 32º ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS. Caxambu, MG. p. 16-19.
ANDRELLO, G. (2008b). Política Indígena no rio Uaupés: hierarquia e alianças. Teoria & Pesquisa, XVII, p. 81-96.
BARRETO, J. P; AZEVEDO, D. L.; MAIA, G. S; SANTOS, G. M. DOS; DIAS JR, C. M.; BELO, E; REZENDE BARRETO, J. R; FRANÇA, L. (2020). Omerõ: constituição e circulação de conhecimentos yepamahsã (Tukano). Ma. Anuário Antropológico, 45(3), 346–351.
BARRETO, J. R. R. (2018). Formação e transformação de coletivos indígenas do noroeste amazônico: do mito à sociologia das comunidades. Manaus: EDUA. Coleção Reflexividades Indígenas.
BARRETO, J. P. (2021). Kumuã na kahtiroti-ukuse: uma “teoria” sobre o corpo e o conhecimento-prático dos especialistas indígenas do Alto Rio Negro. Tese de doutorado em Antropologia Social, Universidade Federal do Amazonas.
CABALZAR, A. (2009). Filhos da Cobra de Pedra: Organização social e trajetórias tuyuka no rio Tiquié (Noroeste Amazônico). São Paulo: NUTI; ISA.
CUNHA, M. M. L. C. (1978). Os mortos e os outros: uma análise do sistema funerário e da noção de pessoa entre os índios Krahó. São Paulo: Hucitec.
CUNHA, M. M. L. C. DA. (1998). Sobre a floresta amazônica: xamanismo e tradução. Mana: Estudos de Antropologia Social, 4(1), 7-22. https://doi.org/10.1590/S0104-93131998000100001 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93131998000100001
CHERNELA, J. (1993). The Wanano Indians of the Brazilian Amazon. Austin, Texas University Press.
DUMONT, L. ([1966] 1997). Homo hierarchicus: O sistema de castas e suas implicações. São Paulo, Edusp.
FAUSTO, C. (2002). Banquete de gente: comensalidade e canibalismo na Amazônia. Mana, 8 (2), p. 7-44. https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000200001 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000200001
FONSECA, R. (2021). CUIDADOS NA CRIAÇÃO DE GENTE: HABILIDADES E SABERES IMPORTANTES PARA VIVER NO ALTO RIO NEGRO. Tese de doutorado em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina.
GEERTZ, C. (2012). Do ponto de vista dos nativos: a natureza do entendimento antropológico. In: O Saber Local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis, RJ: Vozes, p. 36-83.
GOLDMAN, M. (1996). Uma Categoria Do Pensamento Antropológico: A Noção De Pessoa. Rev. de Antropologia. São Paulo, SP: USP, Departamento de Ciências Sociais, v. 39 (1), p. 83-109. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.1996.111620 DOI: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.1996.111620
GOLDMAN, I. (1979 [1963]). The Cubeo: Indians of the Northwest Amazon. Urbana, University of Illinois Press.
HUGH-JONES, S. (1993). Clear descent or ambiguous houses? A re-examination of tukanoan social organization. L’Homme, 126-28, XXXIII (2-4), p. 95-120. https://doi.org/10.3406/hom.1993.369631 DOI: https://doi.org/10.3406/hom.1993.369631
HUGH-JONES, S. (2002). Nomes secretos e riqueza visível: nominação no noroeste amazônico. Mana, 8(2):45-68. https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000200002 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000200002
LIMA, T. S. (1996). O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia tupi. Mana, 2 (2), pp. 21-47. https://doi.org/10.1590/S0104-93131996000200002 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93131996000200002
LOLLI, P. (2014). Atravessando pessoas no Noroeste Amazônico. Mana, 20 (2), pp. 281-305. https://doi.org/10.1590/S0104-93132014000200003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132014000200003
MAUSS, M. (2003). Sociologia e Antropologia: Uma Categoria do Espírito Humano: A Noção de Pessoa, A de “Eu”. Tradução Paulo Neves. São Paulo, SP: Cosac Naify, p. 367-398.
MENDES DOS SANTOS, G; DIAS JR., C. M. (2009). Ciência da floresta: Por uma antropologia no plural, simétrica e cruzada. Revista de Antropologia. São Paulo, SP: USP, Departamento de Ciências Sociais. 52(1), p.137-160.
OLIVEIRA, M. (2016). Sobre casas, pessoas e conhecimentos: uma etnografia entre os Tukano Hausirõ e Ñahuri porã, do médio rio Tiquié, noroeste amazônico. Tese de doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, PPGAS.
POVOS INDÍGENAS NO BRASIL (s/f). Quadro Geral dos Povos. https://pib.socioambiental.org/pt/Quadro_Geral_dos_Povos.
RUBIO, D. M. (2016). Sexualidad y afecto entre los macuna y los nükak, pueblos de la amazonia colombiana. Cadernos Pagu, (41), 63–75. https://doi.org/10.1590/S0104-83332013000200007 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332013000200007
ROCHA, P. (2012). Antes os brancos não existiam: corporalidade e política entre os Kotiria do Alto Uaupés (AM). Tese de doutorado em Antropologia Social, UFRJ/Museu Nacional.
SEEGER, A; DA MATTA, R; VIVEIROS DE CASTRO, E. (1979). A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras. Boletim do Museu Nacional, Série Antropologia. Rio de Janeiro, RJ: Museu Nacional, 32, pp.2-19.
VILAÇA, A. (1992). Comendo como gente: formas do canibalismo wari. R.J: Editora UFRJ.
VIVEIROS DE CASTRO, E. (1996). Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, 2 (2), p. 115–144. https://doi.org/10.1590/S0104-93131996000200005 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93131996000200005
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
CrossRef Cited-by
1. MARILINA PINTO. (2023). Fumar tabaco, consumir ipadu:. Antíteses, 16(32), p.338. https://doi.org/10.5433/1984-3356.2023v16n32p338-370.
Dimensions
PlumX
Visitas a la página del resumen del artículo
Descargas
Licencia
Derechos de autor 2023 Juliana Alves Frade
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores son responsables de todas las autorizaciones que la publicación de sus contribuciones pueda requerir. Cuando el manuscrito sea aceptado para publicación, los autores deberán enviar una declaración formal sobre la autenticidad del trabajo, asumiendo personalmente la responsabilidad por todo lo que el artículo contenga e indicando expresamente su derecho a editarlo. La publicación de un artículo en Mundo Amazónico no implica la cesión de derechos por parte de sus autores; sin embargo, el envío de la contribución representa autorización de los autores a Mundo Amazónico para su publicación. En caso de realizarse una reimpresión total o parcial de un artículo publicado en Mundo Amazónico, ya sea en su idioma original o en una versión traducida, se debe citar la fuente original. Los artículos publicados en la revista están amparados por una licencia Creative Commons 4.0.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan el copyright y otorgan a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo una Creative Commons Attribution License que permite a otros compartir el trabajo con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores pueden hacer arreglos contractuales adicionales para la distribución no-exclusiva de la versión publicada en la revista (por ejemplo, colocar en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con el reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.