Publicado

2025-03-25

The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data

La naturaleza clasista, sexista, racista y regionalista del acceso al servicio de extensión rural en Brasil: un análisis interseccional y espacio-temporal de los datos de los censos agrícolas de 2006 y 2017

A natureza classista, sexista, racista e regionalista do acesso ao serviço de extensão rural no brasil: uma análise intersecional e espaço-temporal dos dados dos censos agropecuários de 2006 e 2017

DOI:

https://doi.org/10.15446/rcdg.v34n1.97680

Palabras clave:

classism, intersectional, public policy, racism, sexism (en)
clasismo, interseccional, política pública, racismo, sexismo (es)
Políticas públicas, Análise interseccional, Sexismo, Racismo, Classismo (pt)

Descargas

Autores/as

Between 2004 and 2018, more than R$2.4 billion were made available by the Brazilian Federal Government to guarantee the provision of rural extension services in the states of the country, serving, at the end of this period, approximately 7 million families. However, despite the significant investments and various actions carried out by the Federal Government, recent studies reveal that the continuous and universal provision of rural extension services in the country remain a serious challenge to the Brazilian State. In order to investigate this issue, this article seeks to examine the changes that occurred in the metrics of access to this service in Brazil between 2006 and 2017. To fully achieve this objective, we examine a set of statistical data from the 2006 and 2017 agricultural censuses with information representing access to the rural extension services according to criteria of class (family and non-family farmers), gender (men and women), ethnicity (white, afro-descendants, asian and indigenous peoples) and region (major regions of the country: North, Northeast, Midwest, South and Southeast). From the analysis of these data, it was found that access to this service in Brazil is marked by a classist, sexist, racist, and regionalist nature.

Entre 2004 y 2018, el Gobierno federal brasileño invirtió más de 2400 millones de reales (R$) para garantizar la prestación de servicios de extensión rural en los estados del país, atendiendo, al final de este periodo, a aproximadamente siete millones de familias. Sin embargo, a pesar de las importantes inversiones y las diversas acciones realizadas por el Gobierno federal, estudios recientes revelan que la provisión continua y universal de los servicios de extensión rural en el país sigue siendo un serio desafío para el Estado brasileño. Para investigar este tema, este artículo busca examinar los cambios ocurridos en las cifras de acceso a los servicios de extensión rural en Brasil entre 2006 y 2017. Para ello, se ha analizado un conjunto de datos estadísticos de los censos agrícolas de 2006 y 2017 que contienen información sobre el acceso al servicio de extensión rural según criterios de clase (agricultores familiares y no familiares), género (hombres y mujeres), color (blanco, negro, asiático e indígena) y región (las cinco principales regiones del país: norte, noreste, medio oeste, sur y sudeste). A partir del análisis de estos datos, se ha descubierto que el acceso a este servicio en Brasil está marcado por un carácter clasista, sexista, racista y regionalista.

Entre 2004 e 2018, o governo federal brasileiro disponibilizou mais de 2,4 mil milhões de reais para garantir a prestação dos serviços de extensão rural nos estados do país, tendo sido atendidas cerca de 7 milhões de famílias no final desse período. No entanto, apesar dos investimentos expressivos e das diversas ações realizadas pelo Governo federal, estudos recentes revelam que a prestação contínua e universal dos serviços de extensão rural no Brasil continua a ser um sério desafio para o Estado brasileiro. Para investigar esta questão, o presente artigo analisa as mudanças ocorridas no número de pessoas com acesso aos serviços de extensão rural no Brasil entre 2006 e 2017. Para esse efeito, foi analisado um conjunto de dados estatísticos dos Censos Agropecuários de 2006 e 2017 com informações relacionadas ao acesso ao serviço de extensão rural segundo critérios de classe (agricultores familiares e não familiares), género (homens e mulheres), cor (brancos, pretos, asiáticos e indígenas) e região (grandes regiões do Brasil): Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. A partir da análise desses dados, constatou-se que o acesso a este serviço no Brasil é marcado por um caráter classista, sexista, racista e regionalista.

Referencias

Althusser, Louis. 1987. Aparelhos ideológicos de Estado: notas sobre os aparelhos ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Editorial Graal.

ASBRAER (Associação Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural). 2014. Assistência técnica e extensão rural no Brasil: um debate nacional sobre as realidades e novos rumos para o desenvolvimento do país. Brasília: ASBRAER. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/857894/mod_resource/content/0/Assistencia%20tecnica%20e%20Extens%C3%A3o%20rural%20no%20Brasil%20ASBRAER%20.pdf

Biroli, Flávia, and Luis Felipe Miguel. 2015. “Gênero, raça, classe: opressões cruzadas e convergências na reprodução das desigualdades”. Mediações 20 (2): 27-55. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n2p27

Brasil. Presidência da República. 2013. “Lei Nº 12.897, de 18 de dezembro de 2013. Autoriza o Poder Executivo federal a instituir serviço social autônomo denominado Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - ANATER e dá outras providências”. Consulted on October 30, 2023. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12897.htm

Caporal, Francisco Roberto. 1991. “A extensão rural e os limites à prática dos extensionistas do serviço público”. Master’s thesis in Rural Extension, Universidade Federal de Santa Maria, Brazil, Santa Maria.

Caporal, Francisco Roberto. 1998. “La extensión agraria del sector público ante los desafíos del desarrollo sostenible: el caso de Rio Grande do Sul, Brasil”. PhD thesis in Agronomy, Universidad de Córdoba, Córdoba.

Caporal, Francisco Roberto. 2006. “Política Nacional de Ater: primeiros passos de sua implementação e alguns obstáculos e desafios a serem enfrentados”. In Assistência técnica e extensão rural: construindo o conhecimento agroecológico, edited by Jorge Tavares and Ladjane Ramos, 9-34. Manaus: Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (IDAM).

Caporal, Francisco Roberto. 2014. “Extensão rural como política pública: a difícil tarefa de avaliar”. In Políticas agroambientais e sustentabilidade: desafios, oportunidades e lições aprendidas, edited by Regina Helena Rosa Sambuichi, Ana Paula Moreira da Silva, Michel Angelo Constantino de Oliveira, and Moisés Savian, 19-48. Brasília: Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_politicasagroambientais.pdf

Carneiro, Sueli. 2011. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro.

Delgado, Guilherme Costa. 2005. “A questão agrária no Brasil, 1950-2003”. In Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo, edited by Luciana de Barros Jaccoud, 51-90. Brasília: Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Diesel, Vivien, Marcelo Miná Dias, and Pedro Selvino Neumann. 2015. “Pnater (2004-2014): da concepção à materialização”. In Políticas públicas de desenvolvimento rural no Brasil, edited by Catia Grisa and Sergio Schneider, 107-128. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Diniz, Raphael Fernando, and Antonio Nivaldo Hespanhol. 2014. “Da ABCAR à ANATER: trajetória e desafios da extensão rural para o desenvolvimento rural sustentável no Brasil”. Paper presented at the VII Congresso Brasileiro de Geógrafos, Vitória, Brazil. August 10 to 16, 2014.

Diniz, Raphael Fernando, and Antonio Nivaldo Hespanhol. 2018. “Reestruturação, reorientação e renovação do serviço extensionista no Brasil: a (difícil) implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER)”. Extensão Rural 25 (2): 7-30. https://doi.org/10.5902/2318179633174

Diniz, Raphael Fernando, and Evandro Clemente. 2020. “A questão do acesso aos serviços de orientação técnica no Brasil e no estado de Goiás”. Revista Campo – Território 15 (35): 230-259. https://doi.org/10.14393/RCT153509

Diniz, Raphael Fernando. 2018. “Diálogo de saberes ou monólogo do conhecimento? Ação extensionista e políticas de desenvolvimento rural no Vale do Jequitinhonha mineiro”. PhD Thesis in Geography, Universidade Estadual Paulista, São Paulo.

Fiúza, Ana Louise de Carvalho, Neide Maria de Almeida Pinto, Tiago Nogueira Galinari, and Vanessa Aparecida Moreira de Barros. 2009. “Difusão de tecnologias e sexismo nas ciências agrárias”. Ciência Rural 39 (9): 2614-2620. https://doi.org/10.1590/S0103-84782009005000224

Fonseca, Maria Teresa Lousa da. 1985. A extensão rural no Brasil: um projeto educativo para o capital. São Paulo: Edições Loyola.

Gerhardt, Cleyton Henrique. 2014. “Tautologia e retórica messiânica da ‘transição agroecológica’ na ‘nova extensão rural”. Extensão Rural 21 (3): 9-43. https://doi.org/10.5902/2318179610325

Gonçalves Neto, Wenceslau. 1997. Estado e agricultura no Brasil: política agrícola e modernização econômica brasileira, 1960-1980. São Paulo: Editora Hucitec.

Graziano da Silva, José Francisco. 2003. Tecnologia e agricultura familiar. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Hespanhol, Antonio Nivaldo. 2008. “Desafios da geração de renda em pequenas propriedades e a questão do Desenvolvimento Rural Sustentável no Brasil”. In Desenvolvimento territorial e agroecologia, edited by Adilson Francelino Alves, Beatriz Rodrigues Carrijo and Luciano Zanetti Pessôa Candiotto, 81-93. São Paulo: Editora Expressão Popular.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 2006. Censo Agropecuário 2006: Agricultura Familiar. Rio de Janeiro: IBGE, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/50/agro_2006_agricultura_familiar.pdf

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 2017. Censo Agropecuário 2017. Resultados definitivos. Rio de Janeiro: IBGE. https://www.fao.org/fileadmin/templates/ess/ess_test_folder/World_Census_Agriculture/WCA_2020/WCA_2020_new_doc/BRA_REP1_POR_2017.pdf

Mendonça, Sonia Regina de. 2010. “Extensão rural e hegemonia norte-americana no Brasil”. Revista História Unisinos 14 (2): 188-196. https://doi.org/10.4013/htu.2010.142.07

Monteiro, Douglas Emiliano Januário. 2008. “As práticas extensionistas da EMATER-MG sob uma perspectiva de gênero: o caso da regional de Viçosa- MG”. Master’s thesis in Social Institutions and Development; Culture, Social Processes and Knowledge, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

Mussoi, Eros Marion. 2011. “Política de Extensión Rural Agroecológica en Brasil: avances y desafíos en la transición em las instituciones oficiales”. Research paper submitted as part of the requirements for the Post Doctorate in Agroecological Extension, Universidade Internacional de Andalucía e de Córdoba, Córdoba and Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Rambo, José Roberto, Raphael Fernando Diniz, Antonio Nivaldo Hespanhol, and Antonio Lázaro Sant’Ana. 2015. “Políticas públicas de extensão rural no Brasil contemporâneo: avanços e desafios à construção do desenvolvimento rural sustentável nos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso”. Paper presented at the 53° Congresso da SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, João Pessoa, Brazil. July 26 to 29, 2025.

Rodrigues, Cyro Mascarenhas. 1997. “Conceito de seletividade de políticas públicas e sua aplicação no contexto da política de extensão rural no Brasil”. Cadernos de Ciência & Tecnologia 14 (1): 113-154.

Santos, Milton. 2008. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp.

Siliprandi, Emma. 2002. “Desafios para a extensão rural: o ‘socia’ na transição agroecológica”. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável 3 (3): 38-48.

Souza, Jessé. 2017. A elite do atraso. Rio de Janeiro: LeYa.

Zarnott, Alisson Vicente, Vinicius Piccin Dalbianco, Pedro Selvino Neumann, and Marco Antonio Verardi Fialho. 2017. “Avanços e retrocessos nas políticas de extensão rural: análise crítica sobre ANATER”. Revista de la Facultad de Agronomía 116 (3).

Cómo citar

APA

Diniz, R. F. y Clemente, E. C. (2025). The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, 34(1), 96–117. https://doi.org/10.15446/rcdg.v34n1.97680

ACM

[1]
Diniz, R.F. y Clemente, E.C. 2025. The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía. 34, 1 (mar. 2025), 96–117. DOI:https://doi.org/10.15446/rcdg.v34n1.97680.

ACS

(1)
Diniz, R. F.; Clemente, E. C. The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data. Cuad. Geogr. Rev. Colomb. Geogr. 2025, 34, 96-117.

ABNT

DINIZ, R. F.; CLEMENTE, E. C. The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, [S. l.], v. 34, n. 1, p. 96–117, 2025. DOI: 10.15446/rcdg.v34n1.97680. Disponível em: https://revistas.unal.edu.co/index.php/rcg/article/view/97680. Acesso em: 19 abr. 2025.

Chicago

Diniz, Raphael Fernando, y Evandro César Clemente. 2025. «The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data». Cuadernos De Geografía: Revista Colombiana De Geografía 34 (1):96-117. https://doi.org/10.15446/rcdg.v34n1.97680.

Harvard

Diniz, R. F. y Clemente, E. C. (2025) «The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data», Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, 34(1), pp. 96–117. doi: 10.15446/rcdg.v34n1.97680.

IEEE

[1]
R. F. Diniz y E. C. Clemente, «The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data», Cuad. Geogr. Rev. Colomb. Geogr., vol. 34, n.º 1, pp. 96–117, mar. 2025.

MLA

Diniz, R. F., y E. C. Clemente. «The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data». Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, vol. 34, n.º 1, marzo de 2025, pp. 96-117, doi:10.15446/rcdg.v34n1.97680.

Turabian

Diniz, Raphael Fernando, y Evandro César Clemente. «The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data». Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía 34, no. 1 (marzo 25, 2025): 96–117. Accedido abril 19, 2025. https://revistas.unal.edu.co/index.php/rcg/article/view/97680.

Vancouver

1.
Diniz RF, Clemente EC. The Classist, Sexist, Racist, and Regionalist Nature of the Access to Rural Extension Service in Brazil: An Intersectional and Spatio-temporal Analysis of 2006 and 2017 Agricultural Census Data. Cuad. Geogr. Rev. Colomb. Geogr. [Internet]. 25 de marzo de 2025 [citado 19 de abril de 2025];34(1):96-117. Disponible en: https://revistas.unal.edu.co/index.php/rcg/article/view/97680

Descargar cita

CrossRef Cited-by

CrossRef citations0

Dimensions

PlumX

Visitas a la página del resumen del artículo

10

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.