Nova chamada para artigos! Volume 27.1: Configurações de vínculos subjetivos e intersubjetivos: desafios contemporâneos
Convidamos você a nos enviar seus artigos, resenhas ou entrevistas para a nova edição da revista Trabajo Social.
Configurações sociais de vínculos subjetivos e intersubjetivos: desafios contemporâneos
O Serviço Social como disciplina-profissão está inserido nas complexidades das relações humanas. Em particular, explora as configurações sociais dos vínculos subjetivos e intersubjetivos a fim de compreender e abordar os desafios enfrentados por indivíduos, grupos, famílias, comunidades, coletivos e movimentos sociais. Ao fazer isso, revela diversas noções, trajetórias, experiências, tensões e desafios.
Por exemplo, em termos de configurações sociais, pode se referir a horizontes de compreensão de vínculos subjetivos que destacam seu caráter contextual, dinâmico e interdependente. Portanto, nos fundamentos de tais configurações, o Serviço Social interpreta suas dimensões sociais, culturais, emocionais, simbólicas e materiais, bem como suas trajetórias históricas e relacionais, superando abordagens que se vinculam a psiques individuais, relações dicotômicas ou determinismos essencializantes, naturalizantes e homogeneizadores em suas construções (Elias, 1987).
Dessa forma, o Serviço Social reconhece os vínculos como forças sociais constitutivas da estrutura de relações, hierarquias, ordens e práticas sociais (Lipsett-Rivera, 1998), que abordam os movimentos integradores do individual e do social, assumindo as interdependências, as tramas de sentido, as formas de inter-relação, os interstícios, os lugares intermediários de mistura, hibridismo, liminaridade, tensão, conflito e possibilidade em que um "nós" se articula com diversas práticas de subjetivação e ação social (Nussbaum, 2004, p. 15).
Portanto, nesta edição, esperamos contribuições para aprimorar as pesquisas e intervenções sobre as configurações sociais dos laços subjetivos e intersubjetivos por meio dos seguintes eixos:
Em primeiro lugar, estamos preocupados com a construção, a reprodução ou a transformação de identidades individuais e os papéis desempenhados nelas pelos vínculos subjetivos. Assim, esperamos analisar as influências de fatores sociais, culturais e familiares na formação de identidades; os impactos e o enfrentamento de experiências traumáticas e injustiças sociais nos desenvolvimentos subjetivos, bem como os significados e as práticas de agência e autoafirmação dos sujeitos na construção de suas subjetividades.
Em segundo lugar, estamos interessados na construção de laços intersubjetivos. Dessa forma, esperamos revisões críticas dos desafios relativos à dinâmica relacional dos laços entre sujeitos situados em trajetórias históricas específicas. Especificamente, estudos que aludam às configurações de redes relacionais entre diferentes grupos, gerações, gêneros e classes sociais, em cujas dinâmicas emergem práticas sociais, representações, imaginários de passado, presente e futuro, comunicações, convivências, tensões, conflitos, agenciamentos cotidianos e ações de mobilização coletiva. Da mesma forma, trabalhamos as configurações dos sistemas dominantes que produzem exclusões, marginalizações, opressões, estigmatizações e cancelamentos nas relações intersubjetivas, bem como aquelas presentes nos processos de intervenção social.
Em terceiro lugar, questionamos as transformações históricas das redes familiares. Assim, esperamos reflexões sobre a diversidade, a complexidade e a singularidade de suas formas de existência, seus arranjos e modos de viver em família; as lógicas relacionais de suas trocas entre as esferas privada e pública; as interseções e transformações relacionadas ao sistema patriarcal, colonial e adultocêntrico manifestado nas redes familiares. Além disso, análises e abordagens inovadoras da vida privada, intimidade, vida cotidiana, novos rituais, territórios domésticos, memórias familiares coletivas e o surgimento de novas ordens na organização social do cuidado. Ao mesmo tempo, pretendemos publicar pesquisas sobre os problemas sociais que ocorrem nessas redes como causa ou efeito das transformações sociais; as interconexões em contextos que afetam as famílias; as políticas econômicas e sociais relacionadas ao fenômeno em questão; as desigualdades, as exclusões, a violência, os conflitos armados, as migrações e as opressões sobre esses grupos.
Em quarto lugar, somos chamados a analisar as propostas de trabalho social no campo da saúde mental e emocional. Portanto, esperamos uma análise da dimensão social, psicossocial e intersetorial dos conflitos (inter)pessoais que estão presentes na saúde social e emocional desses grupos.
Além disso, avaliações alusivas a estratégias socioterapêuticas para a promoção do bem-estar emocional e psicossocial de indivíduos e grupos; entendimentos e apoio a indivíduos, grupos e famílias na presença de abuso e violência (estrutural, doméstica, social, urbana e política, com base em gênero, idade, etnia e classe) que ocorrem em suas vidas; a resolução de conflitos de múltiplos atores em escala e o conhecimento de ações relacionadas à prevenção e ao tratamento individual e intersubjetivo de vícios e consumo problemático.
Em quinto lugar, identificamos que o Serviço Social tem tido desdobramentos diferenciados em seus métodos de caso individual, familiar e grupal, sendo estes dinâmicos e essenciais na intervenção profissional, com foco no bem-estar subjetivo e intersubjetivo e na mudança social. Portanto, esperamos receber abordagens sobre essas implantações, seus enfoques, aprendizados e tensões. Gostaríamos também de receber propostas que explorem os papéis das abordagens terapêuticas e clínicas em abordagens individuais, socioterapêuticas, grupais, familiares e de intervenção em crises; apoio profissional em situações de ruptura de casais, famílias e vizinhos ou em migração, deslocamento e conflito; abordagens interseccionais, diferenciais e psicossociais da discriminação racial; a luta contra a injustiça sociocognitiva e a construção da paz cotidiana em harmonia com a natureza.
Maira Judith Contreras Santos
Diretor-Editor
Wilson Herney Mellizo Rojas
Editor convidado
Recebimento de manuscritos
Até 8 de março de 2024
Submissões: https://revistas.unal.edu.co/index.php/tsocial/about/submissions