“Amanecer la palabra”, políticas lingüísticas para la vida

“Dawning the Word”, language politics for life

La situación que han enfrentado las comunidades indígenas durante la pandemia, de la que se desconoce aún el registro total de víctimas, además de acelerar el proceso de etnocidio en marcha, hace evidente que los esfuerzos por salvaguardar los saberes ancestrales siguen siendo limitados. También se constata que los reconocimientos, avances jurídicos y acuerdos firmados, que se ilustran, continúan sin cumplirse y alejados de la realidad; defraudando la confianza y acrecentando las tensiones. No obstante, entre los pueblos originarios, dioses, espíritus, sueños, fenómenos meteorológicos, accidentes geográficos, plantas, animales, objetos y demás elementos presentes en el entorno, continúan siendo parte de sistemas de entidades que sobrepasan lo humano. A partir de la experiencia de dos proyectos de revitalización lingüística llevados a cabo en la ciudad de Leticia por el IMANI y el Cabildo de Pueblos Indígenas Unidos de Leticia (CAPIUL) reflexionamos sobre ¿Cómo abrir el debate lingüístico hacia estos elementos “no humanos”? ¿Podemos encontrar sentidos diferentes a lo que desde la academia se ha denominado “revitalización lingüística”? ¿De qué valen los esfuerzos por conservar las lenguas cuando se descuidan las condiciones en las que perviven sus hablantes? ¿Qué reflexiones emergen en medio de una pandemia que acelera su extinción?

The situation faced by indigenous communities during the pandemic, of which the total number of victims is still unknown, in addition to accelerating the ongoing process of ethnocide, makes it clear that efforts to safeguard ancestral knowledge are still limited. It is also clear that the acknowledgements, legal advances and agreements signed, which are illustrated, continue to be unfulfilled and far from reality, disappointing confidence and increasing tensions. Nevertheless, among indigenous peoples, gods, spirits, dreams, meteorological phenomena, geographical features, plants, animals, objects and other elements present in the environment continue to be part of systems of entities that surpass the human. Based on the experience of two linguistic revitalisation projects carried out in the city of Leticia by IMANI and the Cabildo de Pueblos Indígenas Unidos de Leticia (CAPIUL), we reflect about how to open the linguistic debate to these "non-human" elements. Can we find other meanings to what academics have called "linguistic revitalisation"? What is the purpose of efforts to preserve languages when the conditions in which their speakers survive are ignored? What considerations are emerging in the midst of a pandemic that is accelerating their extinction?

A situação enfrentada pelas comunidades indígenas durante a pandemia, cujo número total de vítimas é ainda desconhecido, além de acelerar o processo de etnocídio em curso, torna claro que os esforços para salvaguardar os conhecimentos ancestrais são ainda limitados. É também evidente que os reconhecimentos, avanços legais e acordos assinados, que são ilustrados, continuam por cumprir e afastados da realidade, decepcionando a confiança e aumentando as tensões. No entanto, entre os povos indígenas, deuses, espíritos, sonhos, fenómenos meteorológicos, características geográficas, plantas, animais, objectos e outros elementos presentes no ambiente, continuam a fazer parte de sistemas de entidades que ultrapassam o humano. Com base na experiência de dois projectos de revitalização linguística realizados na cidade de Leticia pelo IMANI e pelo Cabildo de Pueblos Indígenas Unidos de Leticia (CAPIUL), reflectimos sobre como abrir o debate linguístico a estes elementos "não-humanos". Qual é o valor dos esforços para preservar as línguas quando as condições em que os seus falantes sobrevivem são ignoradas? Que reflexos surgem no meio de uma pandemia que está a acelerar a sua extinção?