Entre el temor y la normalización: el conflicto armado interno desde la mirada de los estudiantes de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos en Perú (1980-2000)*

Between Fear and Normalization: The Internal Armed Conflict from the Perspective of the Students of the Universidad Nacional Mayor de San Marcos in Peru (1980-2000)

este artículo examina la experiencia de dos generaciones de estudiantes (1980 y 1990) de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Lima, Perú) durante el conflicto armado interno en Perú para cuestionar la memoria de salvación promovida por el Gobierno de Alberto Fujimori (1990-2000). La metodología utilizada fue la del análisis de entrevistas semiestructuradas a profundidad, a partir de la teoría de la microhistoria propuesta por Ginzburg, en donde se entretejen tres niveles de análisis: a nivel macro el enfrentamiento entre Sendero Luminoso y el Estado, a nivel meso el contexto universitario y a nivel micro los relatos de los estudiantes. Se identificaron dos posturas contrarias en ambos grupos, algunos de los estudiantes de la década de 1980 consideran que Sendero Luminoso surgió como parte del contexto universitario politizado en pequeños círculos de estudio; mientras que, otros consideran que tuvo presencia avasalladora. En la década de 1990, algunos aprueban la intervención militar y administrativa por la estabilidad que trajo consigo; mientras que otros, la cuestionan por ir en contra de la autonomía universitaria y por representar una violencia simbólica constante. Estos hallazgos sugieren que la percepción de los universitarios varía según sus experiencias personales, motivaciones e intereses en el momento. Por lo que es importante considerar estas diferentes perspectivas para una comprensión completa de los eventos históricos.

ǀ this article examines the experience of two generations of students (1980 and 1990) from the Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Lima, Peru) during the internal armed conflict in Peru to question the memory of salvation promoted by the Government of Alberto Fujimori (1990 -2000). The methodology used was the analysis of in-depth semi-structured interviews, based on the micro-history theory proposed by Ginzburg, where three levels of analysis are interwoven: at the macro level, the confrontation between the Shining Path and the State, at the meso level the university context and at the micro level the stories of the students. Two contrary positions were identified in both groups. Some of the students from the 1980s consider that Sendero Luminoso arose as part of the politicized university context in small study circles; while others consider that he had an overwhelming presence. In the 1990s, some approve of military and administrative intervention for the stability it brought; while others question it for going against university autonomy and for representing constant symbolic violence. These findings suggest that the perception of university students varies according to their personal experiences, motivations, and interests at the time. So, it is important to consider these different perspectives for a full understanding of historical events.

ǀ este artigo examina a experiência de duas gerações de estudantes (1980 e 1990) da Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Lima, Peru) durante o conflito armado interno no Peru para questionar a memória da salvação promovida pelo governo de Alberto Fujimori (1990 -2000). A metodologia utilizada foi a análise de entrevistas semiestruturadas em profundidade, com base na teoria da micro-história proposta por Ginzburg, onde três níveis de análise se entrelaçam: no nível macro, o confronto entre o Sendero Luminoso e o Estado, no nível no nível meso o contexto universitário e no nível micro as histórias dos alunos. Duas posições contrárias foram identificadas em ambos os grupos: alguns dos alunos da década de 1980 consideram que o Sendero Luminoso surgiu no contexto universitário politizado em pequenos círculos de estudo; enquanto outros consideram que ele tinha uma presença avassaladora. Nos anos 1990, alguns aprovavam a intervenção militar e administrativa pela estabilidade que ela trazia; enquanto outros a questionam por ir contra a autonomia universitária e por representar uma violência simbólica constante. Esses achados sugerem que a percepção dos universitários varia de acordo com suas experiências pessoais, motivações e interesses no momento. Portanto, é importante considerar essas diferentes perspectivas para uma compreensão completa dos eventos históricos.