"A mulher é quem defende a vida, não dá o braço a torcer”: ações políticas entre mulheres Kaiowá em Guarani em Mato Grosso do Sul - Brasil
"The Woman Is the One Who Defends Life, She Does Not Give In”: Political Actions Among Kaiowá and Guarani Women in Mato Grosso Do Sul - Brazil
"La mujer es quien defiende la vida, no da su brazo a torcer”: acciones políticas entre mujeres Kaiowá y Guaraní en Mato Grosso do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15446/rcdg.v34n2.104992Palabras clave:
autonomias, Kaiowá, mulheres, neoextrativismo, resistência anticolonial (pt)autonomies, Kaiowá, women, neoextractivism, anti-colonial resistance (en)
autonomías, Kaiowá, mujeres, neoextractivismo, resistencia anticolonial (es)
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Neste artigo, apresentamos uma análise sobre a violência de Estado e a ofensiva do neoextrativismo e do mercado de commodities como engrenagens de uma guerra sistemática contra a vida das mulheres indígenas. Em contraponto, examinamos os processos de autonomia fortalecidos pelas práticas coletivas protagonizadas por essas mulheres, que constroem resistências cotidianas diante de um cenário marcado de múltiplas violações. O objetivo é investigar as formas de resistência durante a pandemia – período marcado pelo agravamento da violência estatal e pela intensificação da acumulação por despossessão nos territórios Kaiowá e Guarani, no sul de Mato Grosso do Sul. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, articulando revisão narrativa, participação observante e entrevistas semiestruturadas com mulheres dos Tekoha Guyraroká e Rancho Jacaré. A luta e a auto-organização dessas mulheres, por meio de conselhos, organizações comunitárias-territoriais, coletivos e associações culturais, constituem expressões da cosmopolítica como fundamento da luta anticolonial, antipatriarcal e anticapitalista em defesa da vida, dos corpos e dos territórios originários.
In this article, we present an analysis of State violence and the offensive of neoextractivism and the commodity market as mechanisms of a systematic war against the lives of Indigenous women. In contrast, we examine the processes of autonomy strengthened by women’s collective practices, which build everyday resistance amid this scenario of multiple violations. The objective is to investigate the forms of resistance during the pandemic, a period marked by heightened state violence and accumulation by dispossession in Kaiowá and Guarani territories in the southern region of Mato Grosso do Sul, Brazil. The research adopts a qualitative approach, combining narrative review, participant observation, and semi-structured interviews with women from the tekoha (ancestral territories) Guyraroká and Rancho Jacaré. The struggle and self-organization of women through councils, territorial-community organizations, collectives, and cultural associations constitute expressions of cosmopolitics as the foundation of an anti-colonial, anti-patriarchal, and anti-capitalist struggle in defense of life, bodies, and ancestral territories.
En este artículo compartimos un análisis sobre la violencia de Estado y la ofensiva del neoextractivismo y del mercado de materias primas como engranajes de una guerra sistemática contra la vida de las mujeres indígenas. En contraposición, analizamos los procesos de autonomía fortalecidos por las prácticas colectivas de las mujeres, que construyen resistencias cotidianas frente a este escenario de múltiples violaciones. El objetivo es investigar las formas de resistencia durante la pandemia, un período marcado por el agravamiento de la violencia estatal y de la acumulación por desposesión en territorios Kaiowá y Guaraní, en el sur de Mato Grosso do Sul. La investigación adopta un enfoque cualitativo, articulando revisión narrativa, participación observante y entrevistas semiestructuradas con mujeres de los Tekoha Guyraroká y Rancho Jacaré. La lucha y la autoorganización de las mujeres, a través de consejos, organizaciones comunitario-territoriales, colectivos y asociaciones culturales, constituyen expresiones de la cosmopolítica como fundamento de la lucha anticolonial, antipatriarcal y anticapitalista en defensa de la vida, los cuerpos y los territorios originarios.
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