Patrimonio-territorial de la migración nordestina en ferias y mercados brasileños
Territorial Heritage of Northeastern Migration in Brazilian Fairs and Markets
Patrimônio-territorial da migração nordestina em feiras e mercados brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.15446/rcdg.v34n2.114011Palabras clave:
abasto urbano, Brasil, feria permanente, mercado tradicional, migración, patrimonio-territorial latinoamericano (es)urban supply, Brazil, permanent fair, traditional market, migration, Latin American territorial-heritage (en)
abastecimento urbano, Brasil, feira permanente, mercado tradicional, migração, patrimônio-territorial latino-americano (pt)
Descargas
Las ferias y mercados tradicionales resisten a la modernización territorial metropolitana brasileña, conservadora y corporativa, desigual y selectiva. Se investigaron seis establecimientos de tres estados con fuerte influencia migratoria nordestina: Distrito Federal, São Paulo y Amazonas. El objetivo es identificar y analizar el patrimonio-territorial de la migración nordestina que perdura y las variables de conexión territorial afectivas que sustentan las ferias y mercados de Brasilia-DF (Ceilândia y Núcleo Bandeirante), São Paulo-SP (Mercado Municipal y Centro de Tradiciones Nordestinas), y Belém-PA (Ver-o-Peso y São Brás). Metodológicamente, se realizó: (i) una revisión de literatura sobre: el patrimonio-territorial latinoamericano, la migración nordestina en Brasil; (ii) el origen y desarrollo de las ferias y mercados brasileños; y (iii) la identificación empírica del patrimonio-territorial de la migración y sus variables de conexión territorial afectiva. El diseño metodológico es cualitativo, con observación directa, entrevistas semiestructuradas y recolección de datos. El resultado es un cuadro-síntesis original de las prácticas, saberes y productos que representan el patrimonio-territorial de la migración en los establecimientos. Se confirma la tesis de que estas ferias y mercados brasileños, desde la mirada y acción política popular y su economía situada, no abandonan la genuina tradición para permanecer vivos. Se constituyen en receptáculos y potentes patrimonios-territoriales de la migración.
Traditional fairs and markets resist Brazil’s metropolitan territorial modernization—conservative, corporate, unequal, and selective in nature. This research investigates six establishments across three states with strong northeastern migratory influence: The Federal District, São Paulo, and Pará. The aim is to identify and analyze the enduring territorial heritage of northeastern migration and the affective variables of territorial connection that sustain fairs and markets in Brasília-DF (Ceilândia and Núcleo Bandeirante), São Paulo-SP (Municipal Market and Northeastern Traditions Center), and Belém-PA (Ver-o-Peso and São Brás). To this end, the study includes: (i) a literature review on Latin American territorial heritage, northeastern migration in Brazil; (ii) the origins and development of Brazilian fairs and markets; and (iii) an empirical identification of the territorial heritage of migration and its affective territorial connections. Methodologically, it employs a mixed approach, including direct observation, semi-structured interviews, and data collection. The result is an original synthesis of the practices, knowledge, and products that embody the territorial heritage of migration in these establishments. The study confirms the thesis that these Brazilian fairs and markets—through popular political agency and localized economies—do not abandon genuine tradition in order to remain vital. Instead, they serve as dynamic vessels of powerful migratory territorial heritage.
As feiras e os mercados tradicionais resistem à modernização territorial metropolitana brasileira — de caráter conservador e corporativo, desigual e seletivo. Este artigo de investigação analisa seis estabelecimentos localizados em três estados com forte influência migratória nordestina: Distrito Federal, São Paulo e Pará. O objetivo é identificar e analisar o patrimônio territorial da migração nordestina que persiste, bem como as variáveis de conexão territorial afetiva que sustentam as feiras e os mercados em Brasília-DF (Ceilândia e Núcleo Bandeirante), São Paulo-SP (Mercado Municipal e Centro de Tradições Nordestinas) e Belém-PA (Ver-o-Peso e São Brás). Para tanto, realizam-se: (i) revisão de literatura sobre o patrimônio territorial latino-americano, a migração nordestina no Brasil; (ii) a origem e o desenvolvimento das feiras e dos mercados brasileiros; e (iii) identificação empírica do patrimônio territorial da migração e de suas variáveis de conexão afetiva. O desenho metodológico é de natureza mista, com observação direta, entrevistas semiestruturadas e coleta de dados. O resultado é um quadro-síntese original das práticas, dos saberes e dos produtos que representam o patrimônio territorial da migração nesses estabelecimentos. Confirma-se a tese de que tais feiras e mercados, sob a ótica da ação política popular e de suas economias situadas, não abandonam a tradição genuína para se manterem vivos, constituindo-se em receptáculos dinâmicos e relevantes patrimônios territoriais da migração.
Referencias
Ab’Saber, Aziz. 1990. “Floram: Nordeste seco”. Estudos Avançados (USP) 4 (9): 149-174. https://doi.org/10.1590/S0103-40141990000200007
Albuquerque Jr., Durval. 2011. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez.
Andrade, Manuel Correia de. 2005. A terra e o homem no Nordeste. Contribuição ao estudo da questão agrária no Nordeste. 7. ed. São Paulo: Cortez.
Boas, Franz. 1938. The mind of primitive man. New York: MacMillan.
Castro, Josué. [1946] 2001. Geografia da fome. O dilema brasileiro: pão ou aço. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Chang Vargas, Giselle. 2017. “Diagnóstico del patrimonio cultural intangible de Costa Rica: instrumento para reconocer la diversidad cultural”. InterSedes 18 (37): 1-33. https://doi.org/10.15517/isucr.v18i37.28651
Cohn, Amelia. 1996. Crise regional e planejamento. São Paulo: Editora Perspectiva.
Costa, Everaldo. 2016. “Utopismos patrimoniais pela América Latina: resistências à colonialidade do poder”. En Las utopías y la construcción de la sociedad del futuro: Actas XIV Coloquio Internacional de Geocrítica, editado por Nuria Benach, Miriam Hermi Zaar y Magno Vasconcelos, 1-32. Barcelona: Universidad de Barcelona. http://www.ub.edu/geocrit/xiv_everaldocosta.pdf.
Costa, Everaldo. 2017. “Ativação popular do patrimônio-territorial na América Latina: teoria e metodologia”. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía 26: 53-75. https://doi.org/10.15446/rcdg.v26n2.59225
Costa, Everaldo. 2018. “Riesgos y potenciales de preservación patrimonial en América Latina y el Caribe”. Investigaciones Geográficas 96: 2-26. http://doi.org/10.14350/rig.59593
Costa, Everaldo. 2021. “Patrimonio-territorial y territorio de excepción en América Latina, conceptos decoloniales y praxis.” Revista Geográfica Venezolana 62: 01-32. https://doi.org/10.53766/RGV/2021.62.01.05
Costa, Everaldo. 2024. “Del patrimonio territorial eurocentrado al patrimonio-territorial decolonial. Giro epistémico desde el Sur”. Eutopía 25: 11-32. https://doi.org/10.17141/eutopia.25.2024.6175
Costa, Everaldo, Daniel Rodríguez e Ilia Alvarado-Sizzo. 2022. “Urban Economy Circuits and Latin American Territorial Heritage, Xochimilco Market, Mexico City”. Urbano 25 (46): 90-105. https://doi.org/10.22320/07183607.2022.25.46.08
Costa, Everaldo e Ilia Alvarado-Sizzo. 2023. “Mercados y tianguis, usos del territorio y patrimonio-territorial latinoamericano en México”. Revista Geográfica Venezolana 64: 1-21. https://doi.org/10.53766/RGV
Costa, Everaldo y José Moncada. 2021. “Decolonialidad originaria latinoamericana y condicionamiento barroco del territorio novohispano: conventos, presidios y pueblos de indios”. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía 30 (1): 3-24. https://doi.org/10.15446/rcdg.v30n1.80924
Costa, Everaldo, Rafael Sánchez, José A. Garibay Gómez y Rodrigo Álvarez Véliz. 2024. “Circuitos de la economía urbana y gourmetización turística en mercados de Chile y México”. Norte Grande 89: 1-28. http://doi.org/10.4067/S0718-34022024000300008
Costa, Everaldo y Valdir Steinke. 2014. “Brasília meta-síntese do poder no controle e articulação do território nacional”. Scripta Nova, Barcelona 493 (44): 01-32.
Costa, Everaldo, Yarleys Pulgarín-Osorio, José A. Garibay Gómez y William Pasuy Arciniegas. 2023. “Usos turísticos del territorio y patrimonio-territorial en mercados de Colombia y México.” Cuadernos de Turismo, no. 52, 239-262. https://doi.org/10.6018/turismo.593621
Durham, Eunice. 2004. A dinâmica da cultura: ensaios de antropologia. São Paulo: COSACNAIFY.
Gonçalves, Sabrina. 2023. “Da patrimonialização global ao patrimônio-territorial amazônico: a singularidade da Feira do Ver - O - Peso em Belém do Pará”. Tesis de doctorado en Geografía, Universidade Federal do Pará, Belém.
Haesbaert, Rogério. 1996. “Região e rede regional “gaúcha”: entre redes e territórios”. Boletim Gaúcho de Geografia 21: 15-27.
Hernández-Cordero, Adrián. 2017. “Los mercados públicos, viejos equipamientos, nuevos usos y disputa por la ciudad.” En Ciudad, comercio urbano y consumo: experiencias desde Latinoamérica y Europa, editado por José Gasca Zamora y Patricia Olivera Martínez, 397-412. México: Universidad Nacional Autónoma de México.
Lose, Alícia y Dom Gregório Paixão. 2015. Livro do Tombo Mosteiro de São Bento da Bahia - vol. II (regimento de 1548). Salvador: Memória e Arte.
Martins, José de Souza. 2019. “A reinvenção da cidade na selva”. Tempo Social (USP ) 31 (1): 11-33. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2019.151225
Mascarenhas, Gilmar y Miriam Dolzani. 2008. “Feira livre: territorialidade popular e cultura na metrópole contemporânea”. Ateliê Geográfico 2 (2): 72-87. https://doi.org/10.5216/ag.v2i2.4710
Mendoza, Cristóbal. 2006. “Geografía de la población”. En Tratado de Geografía Humana, editado por Alicia Lindón y Daniel Hernaux, 147-169. México: Anthropos.
Mignolo, Walter. 2005. “A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade”. En A colonialidade do saber eurocentrismo e ciências sociais, editado por Edgard Lander, 33-49. Buenos Aires: CLACSO.
Moreira, Morvan y Wilson Fusco. 2015. Dinâmica demográfica do Nordeste. Fundaçao Joaquim Nabuco. Recife: Fundação Joaquim Nabuco.
Mumford, Lewis. 2000. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes.
Pérez-Medina, Susana. 2017. “Confluencia del comercio tradicional y moderno en el centro histórico de Mérida.” En Ciudad, comercio urbano y consumo: experiencias desde Latinoamérica y Europa, editado por José Gasca Zamora y Patricia Olivera Martínez, 413-431. México: Universidad Nacional Autónoma de México.
Pintaudi, Silvana. 2006. “Os mercados públicos, metamorfoses de um espaço na história urbana.” Cidades 3 (5): 81-100. https://doi.org/10.36661/2448-1092.2006v3n5.12783
Póvoa-Neto, Helion. 1997. “Migrações internas e mobilidade do trabalho no Brasil atual. Novos desafios para a análise”. Experimental, no. 2, 11-24.
Quijano, Anibal. 2009. “Colonialidade do poder e classificação social”. En Epistemologias do Sul, editado por Boaventura de Sousa Santos y Maria Paula Meneses, 73-118. Coimbra: Coimbra Editora.
Ribeiro Junior, José Raimundo, Mateus Sampaio, Daniel Bandoni y Luiza De Carli. 2021. Atlas das situações alimentares no Brasil: a disponibilidade domiciliar de alimentos e a fome no Brasil contemporâneo. Bragança Paulista: Universidade São Francisco, 2021.
Ricoeur, Paul. 2007. L’idéologia et l’utopie. París: Editions du Seuil.
Rocha, Sonia. 2005. Pobreza no Brasil. Afinal, de que se trata? Río de Janeiro: FGV Editora.
Rossini, Rosa. 1994. “A população brasileira: trabalhar e sobreviver”. Revista do Departamento de Geografia, no 7, 101-120. https://doi.org/10.7154/RDG.1994.0007.0009
Santos, Milton. [1978] 2009. Metrópole corporativa fragmentada. São Paulo: EdUSP.
Seve, Bruno, Fabricio Lázaro-Villaverde, Juan-Manuel Gastéllum-Alvarado y Ernest Redondo. 2022. “Tianguis. Emergencia de ciudades temporales dentro de la ciudad. Ocupación espontánea del espacio público: el caso de Tlacolula”. EURE 48 (143): 1-22. https://doi.org/10.7764/EURE.48.143.15
Szmrecsanyi, Tamás y Guaraci Souza. 1990. “População, força de trabalho e emprego”. En Dinâmica da População, editado por Jair Santos, Maria Stella Levy y Tamás Szmrecsanyi, 261-276. São Paulo: T. A. Queiroz Editor.
Tamayo-Vásquez, L. 2010. “Identidad cultural en los migrantes”. Trabajo Social UNAM (19): 01-11. https://doi.org/10.22201/ents.20075987p.2008.19.20192
Valverde, Rodrigo. 2011. “Transformações da Feira de São Cristovão: recriando o lugar do migrante”. Mercator 10 (21): 81-90. https://doi.org/10.4215/rm2011.1021.0005
Valverde, Rodrigo, Lucas Cunha, Gabriel Kazukas y Letícia Vieira. 2025. “As territorialidades e a proteção do patrimônio histórico no Mercado Municipal de São Paulo”. PatryTer 8 (15): 01–16. https://doi.org/10.26512/patryter.v8i15.55162
Zazo-Moratalla, Ana, Alejandro Orellana-McBride y Claudia Cerda-Inostroza. 2023. “Agricultura urbana en barbecho. Concepciones en la planificación urbana chilena.” EURE 49 (147): 1-25. https://doi.org/10.7764/EURE.49.147.06
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia
Derechos de autor 2025 Autor - Revista

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.

Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía es publicada por la Universidad Nacional de Colombia y está licenciada bajo los términos de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional License.











