Notas sobre Familias y Pandemia. La restauración conservadora de la familia tradicional.

Families and Pandemic. The Conservative Restoration of Family Integration

En la época de consolidación del capitalismo la familia fue analizada como el eslabón responsable de garantizar el nexo entre individuo y sociedad, evitando situaciones de anomia. Este artículo -basado en entrevistas concedidas a un reconocido diario de Chile- muestra que en la situación de pandemia, que cataliza una crisis económica internacional y acelera las transformaciones en el mundo del trabajo, pareciera que se pide a la familia que se haga cargo de todo. Propaganda y política subrayan este familismo sanitario, el cual debería reconocer que la familia no siempre es un contexto de recogimiento y placidez, y que es necesario tender una mano a aquellos integrantes que sufren situaciones de abuso, soledad y desborde emocional.

At the time of the capitalism consolidation, the family was analyzed thought as
the link responsible for guaranteeing the link between the individual and society,
avoiding situations of “anomie”. This article -based on interviews conceded to a
well-known Chilean newspaper- shows that this pandemic situation catalyzes
an international economic crisis and accelerates transformations in the world
of work, it seems that the family is being asked to take charge of everything.
Mass media and politics highlight this health familyism, that should recognize
but the family is not always a context of recollection and placidity, and that it
is necessary to extend a hand to those members who suffer situations of abuse,
loneliness and emotional overflow.

Historicamente, a família tem sido pensada como o elo entre o indivíduo e a
sociedade, responsável por garantir o nexo entre os dois, evitando situações de
“anomia”, principalmente de correntes conservadoras. É assim que foi analisado
na época da consolidação do capitalismo. Parece que nesta situação de pandemia,
que catalisa uma crise econômica internacional e acelera as transformações no
mundo do trabalho, a família está sendo solicitada a assumir tudo. A propaganda
e a política destacam esse familismo sanitário. Mas muitas vezes a família nem
sempre é um consolo de recolhimento e placidez, e esse familismo sanitário deve
reconhecer isso e estender uma mão efetiva para aqueles membros que sofrem
situações de abuso, solidão e transbordamento emocional. O artigo é baseado
em duas entrevistas concedidas a um jornal reconhecido em nosso país e deve
ser tomado como um conjunto de reflexões primárias.