Misioneras en la Araucanía. Buena femineidad nacional y estrategias fronterizas, fines del siglo XIX-primeras décadas siglo XX

Female Missionaries in Araucania. Good national femininity and border strategies, late 19th century - early decades of the 20th century

Objetivo: visibilizar, historizar y proponer claves analíticas sobre el trabajo realizado por las misioneras en la Araucanía poscolonial. Este artículo presenta avances de una investigación en curso sobre los discursos y prácticas de misioneras católicas y anglicanas que gestionaron escuelas e internados en la Araucanía entre 1890 y 1950. Metodología: proponemos tanto la problematización de claves de lectura teóricas como la sistematización de un corpus de archivos históricos que serán analizados desde un enfoque epistemológico en los estudios de género. En el primer apartado, expondremos antecedentes históricos y contextuales; luego, presentaremos un corpus de archivos (cartas y revistas) que muestra el trabajo de estas misioneras en un contexto (pos)colonial en el cual la crianza y la educación de los niños/as mapuche se vuelve una cuestión política fundamental; en un tercer apartado, propondremos la figura de “la familia nacional” como clave analítica de las relaciones género-raza involucradas en la construcción de las estrategias paradójicas de estas misioneras. Originalidad: el trabajo pone en evidencia la casi nula atención que ha recibido por parte de las investigaciones especializadas el trabajo y discursos de estas mujeres como creadoras de “ciudadanos morales” para la nación. Conclusiones: concluiremos sugiriendo la noción de “estrategias fronterizas” para problematizar los usos de misioneras católicas y anglicanas de las retóricas del sacrificio, la movilidad y la maternidad.

Objective: To make visible, historicize and put forward analytical keys on the work carried out by female missionaries in postcolonial Araucanía. This article presents progress on an ongoing investigation into the discourses and practices of Catholic and Anglican female missionaries who ran schools and boarding schools in Araucanía between 1890 and 1950. Methodology: we bring forward both the problematization of theoretical reading keys and the systematization of a corpus of historical archives that will be analyzed from an epistemological approach in gender studies. In the first section, we will present historical and contextual background. Then, we will present a corpus of archives (letters and journals) that shows the work of these missionaries in a (post)colonial context in which the upbringing and education of Mapuche boys and girls becomes a fundamental political issue. In a third section, we will put forward the figure of the “national family” as an analytical key to the gender-race relations involved in the construction of the paradoxical strategies of these female missionaries. Originality: The text highlights the almost complete lack of attention that the work and discourses of these women as creators of “moral citizens” for the nation have received from specialized research. Conclusions: We will conclude by suggesting the notion of “border strategies” to problematize the uses of the rhetoric of sacrifice, mobility and motherhood by Catholic and Anglican female missionaries.

Objetivo: visibilizar, historicizar e propor chaves analíticas sobre o trabalho realizado pelas missionárias na Araucanía pós-colonial. Este artigo apresenta os avanços de uma investigação em andamento sobre os discursos e práticas das missionárias católicas e anglicanas que administraram escolas e internatos na Araucanía entre 1890 e 1950. Metodologia: propomos tanto a problematização de chaves de leitura teóricas quanto a sistematização de um corpus de arquivos históricos que serão analisados a partir de uma abordagem epistemológica nos estudos de gênero. Na primeira seção, apresentaremos antecedentes históricos e contextuais. Em seguida, apresentaremos um corpus de arquivos (cartas e revistas) que mostram o trabalho destas missionárias num contexto (pós)colonial em que a criação e educação das crianças Mapuche se torna uma questão política fundamental. Numa terceira seção, proporemos a figura da “família nacional” como chave analítica das relações gênero-raça envolvidas na construção das estratégias paradoxais destes missionários. Originalidade: este texto revela a atenção quase nula que o trabalho e os discursos dessas mulheres como criadoras de “cidadãs morais” para a nação têm recebido das pesquisas especializadas. Conclusões: concluiremos sugerindo a noção de “estratégias de fronteira” para problematizar os usos que os missionárias católicas e anglicanas fazem da retórica do sacrifício, da mobilidade e da maternidade.