Publicado

2025-09-25

Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa

Do We Attend School to Become Destructive? On Responding to Davi Kopenawa’s Arrow

¿Vamos a la escuela a aprender a ser un destructor? Sobre responder a la flecha de Davi Kopenawa

DOI:

https://doi.org/10.15446/ma.v16n2.112402

Palabras clave:

xamã yanomami, escola dos brancos, excepcionalidade humana, responsabilidade (pt)
Yanomami shaman, school of the whites, human exceptionality, responsibility (en)
chamán yanomami, escuela blanca, excepcionalidad humana, responsabilidad (es)

Autores/as

Objetivamos pensar um modo de responder ao xamã yanomami Davi Kopenawa, que pergunta se vamos à escola para aprender a ser destruidor. À maneira de um ensaio teórico, apontamos a ideia de excepcionalidade humana como questão problemática da educação dos brancos e buscamos uma perspectiva distinta com a noção de responsabilidade de Karen Barad. Responder a Kopenawa, sugerimos, passa por um borramento da imagem excepcional do humano e por uma afiação da sensibilidade ao toque do Outro, humano e não-humano.

Our aim is to think of a way of responding to the Yanomami shaman Davi Kopenawa, who asks if we go to school to learn to be destructive. In the form of a theoretical essay, we point to the idea of human exceptionality as a problematic issue in white education and seek a different perspective with Karen Barad's notion of responsibility. We suggest that responding to Kopenawa involves a blurring of the exceptional image of the human and a sharpening of sensitivity to the touch of the Other, both human and non-human.

Nuestro objetivo es pensar en una forma de responder al chamán yanomami Davi Kopenawa, que pregunta si vamos a la escuela para aprender a ser destructivos. En forma de ensayo teórico, señalamos la idea de excepcionalidad humana como una cuestión problemática en la educación blanca y buscamos una perspectiva diferente con la noción de responsabilidad de Karen Barad. Responder a Kopenawa, sugerimos, implica difuminar la imagen excepcional de lo humano y agudizar la sensibilidad al tacto del Otro, tanto humano como no humano.

Referencias

Anderson, K., e Perrin, C. (2018). “Removed from nature” The modern idea of human exceptionality. Environmental Humanities, 10(2), 447-472. https://doi.org/10.1215/22011919-7156827

Anzoátegui, M. (2020). ¿Somos tan autónomos?: la ficción de la excepcionalidad y el fantasma de la excepción humana. https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.11928/pr.11928.pdf

Barad, K. (2003). Posthumanist performativity: Toward an understanding of how matter comes to matter. Sings: Journal of Women in Culture and Society, 28, 801-831. https://doi.org/10.1086/345321

Barad, K. (2007). Meeting the universe halfway: Quantum physics and the entanglement of matter and meaning. Duke University Press. https://doi.org/10.2307/j.ctv12101zq

Barad, K. (2010). Quantum entanglements and hauntological relations of inheritance: Dis/continuites, spacetime enfoldings, justice-to-come. Derrida Today, 3(2), 240-268. https://doi.org/10.3366/drt.2010.0206

Barad, K. (2011). Nature’s queer performativity. Kvinder, Køn & Forskning, 1-2, 25-53. https://doi.org/10.5250/quiparle.19.2.0121

Barad, K. (2012). On touching: The inhuman that therefore I am. Differences: A Journal of Feminist Cultural Studies, 25, 206-223. https://doi.org/10.1215/10407391-1892943

Barad, K. (2013). Intra-actions [entrevista por A. Kleiman]. Mousse. Contemporary Art Magazine, 34, 76-81. https://breathingwith.multiplace.org/_media/intra-actions_interview_of_karen_barad.pdf

Barad, K. (2014). Diffracting diffraction: Cutting together-apart. Parallax, 20, 168-187. https://doi.org/10.1080/13534645.2014.927623

Barad, K. (2020). After the end of the world: Entangled nuclear colonialisms, matters of force, and the material force of justice. The Polish Journal of Aesthetics, 58(3), 85-113. https://pjaesthetics.uj.edu.pl/en_GB/archives/-/journal_content/56_INSTANCE_r1lnMup4DOPq/138618288/146593418

Baranzoni, S., e Vignola, P. (2022). Para acabar con la imagen extractivista del pensamiento. Una ficción filosófica. Culture Machine, 21, 1-24. https://culturemachine.net/vol-21-antropoficciones/

Bauab, F. B. (2009). O excepcionalismo humano na imagem cristã-medieval de natureza. Perspectiva Geográfica, 5(1-2), 53-71. https://e-revista.unioeste.br/index.php/pgeografica/article/view/1996

Benson, M. H. (2019). New materialism: An ontology for the Anthropocene. Natural Resources Journal, 59(2), 251-280. https://digitalrepository.unm.edu/nrj/vol59/iss2/18/

Bensusan, H. (s.d.). As muitas curvas da virada animista. https://anarchai.blogspot.com/2020/04/minha-virada-animista.html

Bensusan, H. (2017). Linhas de animismo futuro. IEB Mil Folhas.

Bíblia (J. Ferreira de Almeida, Trad.) (1999). Sociedade Bíblica do Brasil.

Catton Jr., W. R., e Dunlap, L. E. (2021). Sociologia ambiental: um novo paradigma. Revista Sociedade e Estado, 36, 2, 773-787. https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/37860/31028

Céspedes, A. S. (2016). El cuerpo contenporáneo: entre la tesis de la excepcionalidad del hombre y su oscurantismo. Pedagogia y Saberes, 44, 83-91. https://doi.org/10.17227/01212494.44pys83.91

Coelho, F. U. (2023). Conflito: a origem do direito. WMF Martins Fontes.

De-Sá, B. R. M., e Resende, B. (2024). Reflexões sobre o conceito de ensino em animais humanos e não-humanos a partir de uma perspectiva etológica. Cadernos de Psicologia, 4(2), 1-12. https://doi.org/10.9788/CP2024.2-06

Dolphijn, R., e van der Tuin, I. (2013). New materialism: Interviews & cartographies. Open Humanities Press. https://doi.org/10.3998/ohp.11515701.0001.001

Gallo, S. (2012). Educação, devir e acontecimento: para além da utopia formativa [número especial]. Educação e Filosofia, 26, 41-72. https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/19672/12335

Grusin, D. (Ed.). (2015). The nonhuman turn. University of Minnesota Press.

Hofman, L. B. (2023). Immanent obligations of response: Articulating everyday response-abilities through care. Distinktion: Journal of Social Theory, 25, 2, 1-18. https://doi.org/10.31219/osf.io/p98ad

Kirby, V. (2014). Human exceptionalism on the line. SubStance, 43(2), 50-67. https://doi.org/10.1353/sub.2014.0028

Kopenawa, D. (2012, 3 de julho). Davi Kopenawa Yanomami. Pouco conhecido em seu próprio país é a mais respeitada liderança indígena brasileira [entrevista por L. Bocchini]. Revista Trip. https://revistatrip.uol.com.br/trip/entrevista-com-davi-kopenawa-yanomami

Kopenawa, D., e Albert, B. (2015). A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Companhia das Letras.

Kopenawa, D. (2022). Resistência é a terra não morrer. Arco entrevista Davi Kopenawa Yanomami, que participa no evento ‘Brasil, Terra Indígena: 522 anos de resistência [entrevista por S. Wobeto]. Revista Arco. https://www.ufsm.br/midias/arco/resistencia-e-a-terra-nao-morrer

Kopenawa, D. (2023, 25 de maio). A palavra como flecha. Entrevista com Davi Kopenawa Yanomami [entrevista por M. Carvenale]. Amazônia Real. https://www.ihu.unisinos.br/categorias/628979-a-palavra-como-flecha-entrevista-com-davi-kopenawa-yanomami

Kopenawa, D., e Albert, B. (2023). Espírito da floresta: a luta pelo nosso futuro. Companhia das Letras.

Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras.

Krenak, A. (2020). A vida não é útil. Companhia das Letras.

Lewgoy, B., e Segata, J. (2017). A persistência da exceção humana. Vivência Revista de Antropologia, 49, 155-164. https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/12826/8814

Lozano, A. M. (2016). Humanos/no humanos: reflexiones sobre el fin de la excepción humana. Fundación Gilberto Alzate Avendaño. https://eulaliadevaldenebro.com/archivos/fin%20de%20la%20excepcion%20humana.pdf

Nodari, A. (2015). A literatura como antropologia especulativa. Revista da Anpoll, 38, 75-85. https://doi.org/10.18309/anp.v1i38.836

Oliveira, R., e Danowski, D. (s.d). O pressuposto do excepcionalismo humano presente na filosofia moderna e sua crítica por Bruno Latour. https://www.puc-rio.br/ensinopesq/ccpg/pibic/relatorio_resumo2017/relatorios_pdf/ctch/FIL/FIL-Rodrigo%20Oliveira.pdf

Ovídio. (2017). Metamorfoses. Editora 34.

Schaeffer, J. M. (2009). El fin de la excepción humana. Fondo de Cultura Económica.

Suárez-Ruiz, A. J. (2020). Human excepcionality in Jaques Lacan’s thinking. Some ethical and epistemological implications. Signos Filosóficos, XXII(44), 80-107. https://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/171581?show=full

Sztutman, R. (2018). Reativar a feitiçaria e outras receitas de resistência: pensando com Isabelle Stengers. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 69, 338-360. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p338-360

Cómo citar

APA

Emídio Cavalcanti, J. D. (2025). Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa. Mundo Amazónico, 16(2), e112402. https://doi.org/10.15446/ma.v16n2.112402

ACM

[1]
Emídio Cavalcanti, J.D. 2025. Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa. Mundo Amazónico. 16, 2 (sep. 2025), e112402. DOI:https://doi.org/10.15446/ma.v16n2.112402.

ACS

(1)
Emídio Cavalcanti, J. D. Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa. Mundo Amazon. 2025, 16, e112402.

ABNT

EMÍDIO CAVALCANTI, J. D. Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa. Mundo Amazónico, [S. l.], v. 16, n. 2, p. e112402, 2025. DOI: 10.15446/ma.v16n2.112402. Disponível em: https://revistas.unal.edu.co/index.php/imanimundo/article/view/112402. Acesso em: 14 nov. 2025.

Chicago

Emídio Cavalcanti, Jimy Davison. 2025. «Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa». Mundo Amazónico 16 (2):e112402. https://doi.org/10.15446/ma.v16n2.112402.

Harvard

Emídio Cavalcanti, J. D. (2025) «Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa», Mundo Amazónico, 16(2), p. e112402. doi: 10.15446/ma.v16n2.112402.

IEEE

[1]
J. D. Emídio Cavalcanti, «Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa», Mundo Amazon., vol. 16, n.º 2, p. e112402, sep. 2025.

MLA

Emídio Cavalcanti, J. D. «Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa». Mundo Amazónico, vol. 16, n.º 2, septiembre de 2025, p. e112402, doi:10.15446/ma.v16n2.112402.

Turabian

Emídio Cavalcanti, Jimy Davison. «Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa». Mundo Amazónico 16, no. 2 (septiembre 25, 2025): e112402. Accedido noviembre 14, 2025. https://revistas.unal.edu.co/index.php/imanimundo/article/view/112402.

Vancouver

1.
Emídio Cavalcanti JD. Vamos à escola aprender a ser destruidor? Sobre responder à flecha de Davi Kopenawa. Mundo Amazon. [Internet]. 25 de septiembre de 2025 [citado 14 de noviembre de 2025];16(2):e112402. Disponible en: https://revistas.unal.edu.co/index.php/imanimundo/article/view/112402

Descargar cita

CrossRef Cited-by

CrossRef citations0

Dimensions

PlumX

Visitas a la página del resumen del artículo

63

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.