Regimes de presença e mobilidade no noroeste amazônico: o caso tuyuka em São Gabriel da Cachoeira
Presence and mobility regimes in northwestern Amazon: the tuyuka case in São Gabriel da Cachoeira
Regímenes de presencia y movilidad en el noroeste amazónico: el caso tuyuka en São Gabriel da Cachoeira
DOI:
https://doi.org/10.15446/ma.v13n1.95793Palabras clave:
Fronteira, gênero, parentesco, Alto Rio Negro, Amazônia urbana (pt)Borderland, Gender, Kinship, Upper Rio Negro, Urban Amazon (en)
Frontera, género, parentesco, Alto Rio Negro, Amazonía urbana (es)
Descargas
Esse artigo tem por objetivo propor uma reflexão sobre regimes de presença e mobilidade na Amazônia urbana a partir da atenção etnográfica e de trajetória a uma família extensa de origem étnico Tuyuka na cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Alto rio Negro, (AM, Brasil). Os regimes de presenças e mobilidades que nos interessa apresentar aqui colocam em relação tempos e espaços indígenas, tempos e espaços coloniais, gerações e parentesco, trajetórias de conhecimento e política indígena rionegrina, fronteiras nacionais e relações entre Terras Indígenas, comunidades de diversas escalas e cidade. Argumentamos que estes regimes ajudam a compreender melhor a configuração urbana como “cidade indígena” ou como “cidade do embate colonial” de São Gabriel da Cachoeira.
This article reflects on the presence and mobility regimes in the urban areas of Amazon, based on ethnography and the trajectory of an extended family of the Tuyuka ethnic group, sited in the city of São Gabriel da Cachoeira, in the upper Rio Negro (Located in the Brazilian state of Amazonas). The presence and mobility regimes that we present in this article report the relation between indigenous time and space, colonial time and space, generations and kinship, indigenous trajectories of knowledge and politics in the Rio Negro area. We also present a discussion about the national borders and their relation to indigenous lands, communities of different scales and the city. We argue that these regimes help to better understand the urban configuration of São Gabriel da Cachoeira as an “indigenous city” or a “city as a site of colonial struggle”.
Este artículo propone una reflexión sobre regímenes de presencias y movilidades en la Amazonía urbana a partir de la atención etnográfica y de trayectoria sobre una familia extensa de origen étnico Tuyuka en la ciudad de São Gabriel da Cachoeira, en el Alto rio Negro (AM, Brasil). Los regímenes de presencias y movilidades que presentamos aquí colocan en relación tiempos y espacios indígenas, tiempos y espacios coloniales, generaciones y parentesco, conocimientos y política indígena rionegrina, fronteras nacionales y relaciones entre Tierras Indígenas, comunidades de diversas escalas y ciudad. Argumentamos que estos regímenes ayudan a comprender mejor la configuración urbana como “ciudad indígena” o como “ciudad del confronto colonial” de São Gabriel da Cachoeira.
Referencias
ALBUQUERQUE, J. L. (2010). A dinâmica das fronteiras: os brasiguaios na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. São Paulo: Annablume.
CABALZAR, A. (2000). Descendência e aliança no espaço tuyuka. A noção de nexo regional no noroeste amazônico. Revista de Antropologia, 43(1), 6-88. https://doi.org/10.1590/S0034-77012000000100003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-77012000000100003
CABALZAR, A. (2008). Filhos da Cobra de Pedra: organização social e trajetórias tuyuka no Rio Tiquié (Noroeste Amazônico). Prefácio de Stephen Hugh-Jones. São Paulo, Edunesp/ISA: Rio de Janeiro, Nuti.
CANDOTTI, F. (2017). Algumas ideias para uma analítica descolonial da Amazônia. ILHARGAS – Cidades, Políticas e Saberes na Amazônia. Observatório da Violência de Gênero no Amazonas Universidade Federal do Amazonas.
CÉSAR, E. (2015). São Gabriel da Cachoeira: sua saga, sua história. Goiânia, Kelps.
DUTRA, I. (2010). Xamanismo ūhtãpinõponã: princípios dos rituais de pajelanças e do ser pajé Tuyuka (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
FOIRN/ISA – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro / Instituto Socioambiental. (2005). Levantamento socioeconômico, demográfico e sanitário da cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM). São Gabriel da Cachoeira: FOIRN/ISA.
GLICK-SCHILLER, N. and Wimmer, A. (2002). Methodological nationalism and beyond: nationstate building, migration and the social sciences. Global Networks, 2(4), 301–335. https://doi.org/10.1111/1471-0374.00043 DOI: https://doi.org/10.1111/1471-0374.00043
GRIMSON, A. (2003). Los procesos de fronterización: flujos, redes e historicidad. IN: Clara Inés García (ed), Fronteras: territorias y metáforas (pp. 15-34). Medellín: HombreNuevo Editore.
IBGE - Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística. Censo Demográfico. (2010). https://cidades.ibge.gov.br/brasil/am/sao-gabriel-dacachoeira/panorama
IGLESIAS-PRIETO, Norma. (2017). “Mental Maps and Borderisms. Theborder as a condition of meaning”. Seminário Internacional Gênero e Territórios de Fronteira. Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu, Unicamp. https://www.youtube.com/watch?v=PoOLPZVZUCI
ISA – Instituto Socioambiental. (2011). Povos indígenas do Brasil 2006/2010. São Paulo: Instituto Socioambiental.
IUBEL, A. (2015). Transformações políticas e indígenas: movimento e prefeitura no alto rio Negro (tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, PPGAS/UFSCar.
LASMAR, C. (2005). De volta ao lago de leite: gênero e transformação no Alto do Rio Negro. São Paulo: Editora UNESP:
ISA; Rio de Janeiro: NUTI. https://doi.org/10.7476/9788539302956 DOI: https://doi.org/10.7476/9788539302956
MARQUES, B. R. (2015). Os Hupd’äh e seus mundos possíveis: transformações espaçotemporais do Alto Rio Negro (Tese Doutorado em Antropologia Social). Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
MELO, F. (2020). Cadastrar, incluir e proteger: As malhas da assistência social na fronteira Amazônia (tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de São Paulo.
OLIVAR, J. (2019). Caçando os devoradores. Agência, “meninas indígenas” e enquadramento neocolonial. Revista De Antropologia, 62(1), 07-34. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2019.156129 DOI: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2019.156129
OLIVAR, J.; Melo, F. Rosa, P. (2015). Presenças e mobilidades transfronteiriças entre Brasil, Peru e Colômbia: o caso da “migração peruana na amazônia brasileira. TOMO, 26, 123-163. https://doi.org/10.21669/tomo.v0i0.4405 DOI: https://doi.org/10.21669/tomo.v0i0.4405
OLIVAR, J e Garcia, L. (2017). Usar o corpo: economias sexuais de mulheres jovens do litoral ao sertão no Nordeste brasileiro. Revista de Antropologia, 60(1), 140-164. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.132071 DOI: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.132071
ORJUELA, F. (2016). Comunidade Tuyuka na cidade de São Gabriel da Cachoeira: atividades culturais e sua relação com o turismo (Trabalho de conclusão de curso em Gestão em Turismo). Universidade do Estado do Amazonas.
PEREIRA, Rosilene. (2016). Cerimônia do Dabucuri: uma reflexão sobre patrimônio imaterial do Alto rio Negro. Cadernos NAUI, 5(9).
PISCITELLI, A. (2013). Trânsitos: brasileiras nos mercados transnacionais do sexo. Rio de Janeiro: EDUERJ/ Clam.
ROSSI, M. (2016). Identidade sem pertencimento? Dimensões íntimas da etnicidade feminina no Vaupés. Rio de Janeiro (tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional/UFRJ.
SCHILLER, N. (2010). Cities and Transnationality. In Gary Bridge and Sophie Watson (ed.) Blackwell’s Companion to the City, (pp. 179-192). Oxford: Blackwell. DOI: https://doi.org/10.1002/9781444395105.ch16
SCHILLER, N; Salazar, N. (2012). Regimes of Mobility Across the Globe. Journal of Ethnic and Migration Studies, 39(2), 183-200. https://doi.org/10.1080/1369183X.2013.723253 DOI: https://doi.org/10.1080/1369183X.2013.723253
TOGNI, P. (2014). A Europa é o CACÉM. Mobilidades, gênero e sexualidade nos deslocamentos de jovens brasileiros para Portugal (Tese de doutorado). ICS; ISCTE, Programa de pós-graduação em antropologia social, Lisboa.
WRIGHT, R. (2005). História indígena e do indigenismo no Alto Rio Negro. Campinas, Mercado das Letras: São Paulo.
ZÁRATE BOTÍA, C. (2008). Silvícolas, siringueros y agentes estatales: el surgimiento de una sociedad transfronteriza en amazonia de Brasil, Perú y Colombia -1880-1932. Leticia: Universidad Nacional de Colombia.
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia
Derechos de autor 2022 Dulce Meire Morais, Florinda Lima Orjuela, Norma Lima Orjuela, José Miguel Nieto Olivar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores son responsables de todas las autorizaciones que la publicación de sus contribuciones pueda requerir. Cuando el manuscrito sea aceptado para publicación, los autores deberán enviar una declaración formal sobre la autenticidad del trabajo, asumiendo personalmente la responsabilidad por todo lo que el artículo contenga e indicando expresamente su derecho a editarlo. La publicación de un artículo en Mundo Amazónico no implica la cesión de derechos por parte de sus autores; sin embargo, el envío de la contribución representa autorización de los autores a Mundo Amazónico para su publicación. En caso de realizarse una reimpresión total o parcial de un artículo publicado en Mundo Amazónico, ya sea en su idioma original o en una versión traducida, se debe citar la fuente original. Los artículos publicados en la revista están amparados por una licencia Creative Commons 4.0.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan el copyright y otorgan a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo una Creative Commons Attribution License que permite a otros compartir el trabajo con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores pueden hacer arreglos contractuales adicionales para la distribución no-exclusiva de la versión publicada en la revista (por ejemplo, colocar en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con el reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.



